"PRA CURAR TEM QUE TER FÉ" : CURANDEIRAS, REZADEIRAS E BENZEDORES NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA.

RONALD FELIPE BARRETO DE SOUSA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Compreendendo que as rezadeiras, por muitos também chamadas de curandeiras ou benzedeiras são uma fonte de construção da história, escolhi suas práticas como objeto de estudo, seus cantos, ritos, orações e curas. A pesquisa está centrada no município de Jaguaruana, especificamente nos distritos de São José do Lagamar, Giqui e Antonópolis. O recorte temporal é entre 1950- 2010, pois grande parte delas iniciou sua trajetória de curar nesse período. Procuro nesse trabalho perceber a rede de relações que se estabelece entre o curandeiro e o doente; as outras funções que elas exercem, como por exemplo, serem rezadeiras e também parteiras; a formação das novas rezadeiras; as semelhanças e diferenças de ritos; a relação cura e fé religiosa. Percebo que a história e a historiografia tem uma dívida para com essas agentes da história, assim, pretendo estudá-las e compreender o que elas fazem e como fazem e qual a sua aceitação por parte da população.Ao falarmos de curandeiros e de práticas populares de cura, nos entremeamos na cultura e nas artes de fazer de indivíduos de comunidades rurais ou mesmo do meio rural, não se restringindo somente a esses espaços. Nossa pesquisa tem como objetivo perceber as práticas desenvolvidas por esses indivíduos, trazendo suas histórias para serem analisadas por nós historiadores. Nosso foco será nas histórias de vida desses atores sociais, percebendo o despertar para as práticas de cura. O espaço que selecionamos para percebermos essas práticas são três comunidades rurais do município de Jaguaruana-Ce, São José do Lagamar, Giqui e Antonópolis, onde percebemos que essas práticas tenderam a de alguma forma ser mais desenvolvidas.

ronald felipe barreto de sousa

ronaldfelipe2009@hotmail.com

história da saúde e da doença