MODERNIDADE, CAPITALISMO E IDENTIDADE: IMPLICAÇÕES NA EXISTÊNCIA DO INDIVÍDUO.

JOICIELE REZENDE COSTA

Co-autores: JOÃO PAULO DA SILVA ANDRADE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

MODERNIDADE, CAPITALISMO E IDENTIDADE: IMPLICAÇÕES NA EXISTÊNCIA DO INDIVÍDUO.

 

Autor: Joiciele Rezende Costa

Mestranda em Ciências Humanas pela UFVJM

rezende.costa@hotmail.com

 

Coautor: João Paulo da Silva Andrade

Mestrando em Ciências Humanas pela UFVJM

jpsandrade06@hotmail.com

 

Orientadora: Prof. Dra. Elayne de Moura Braga

elayne_braga@yahoo.com.br

Eixo temático: História, memória e oralidade.

 

Resumo:

Este trabalho traz uma discussão sobre como o capitalismo aliado a modernidade tem abalado as identidades individuais e coletivas, em um cenário de mudança paradigmática, que tem ocasionado uma "crise" na existência do indivíduo e de sua autonomia enquanto tal. A modernidade associada ao capitalismo cujas funções em tese seriam facilitar a vida dos homens trazendo conforto e outras tantas benesses, tem se mostrado paradoxal e perturbadora. Para alguns autores tais elementos trouxeram uma circunstância tecnocrática, onde o progresso ameaça anular o que se supõe ser seu maior objetivo: a emancipação dos homens. Porém outros tantos autores atestam que a razão e a técnica podem servir tanto a escassez quanto a abundância, a liberdade ou a escravidão, tudo dependendo da forma em que será manipulada. Portanto, em um cenário onde a tecnologia, globalização, novas formas de cultura e relações sociais parecem esmagar o homem reduzindo-o a quase um nada, pode haver abundância e liberdade. Vários articulistas apontam para os pontos positivos que essa nova conjuntura ocasiona, ou pelo menos tratam do quão otimistas podemos ser, uma vez que esse é um tema da história do tempo presente.

É sabido que não é possível retroceder e devolver aos povos os valores e os conceitos de antigamente. Porém, é preciso buscar alternativas para que seja possível uma convivência mais equitativa, garantida e bem-aventurada no mundo pós-moderno, na alta modernidade, na modernidade reflexiva, nesses tempos de radicalização da modernidade, como queiram os autores, enfim na sociedade hodierna. A humanidade precisa ampliar suas habilidades, não técnicas, e sim humanas, no que tange a compreensão do mundo em que vivem, negando princípios instituídos, criando, conjuntamente novos conceitos e valores que sejam comuns a todos e que faça com que o indivíduo olhe o outro, não mais como um objeto, mas como um "diferente" que tem um destino comum. Restaurar a alteridade é imperativo.

Devemos advertir continuamente que se os recursos provenientes do progresso e da modernização não forem manipulados em benefício de todos ou da maioria, incorremos no erro de usar as novas configurações (tecnologia, capitalismo e modernidade) como instrumentos de segregação, de especialização e controle de uns em detrimentos de outros, conforme alertaram muitos pensadores. Corremos ainda o risco de bitolar a humanidade, que é infinitamente capaz de exercer funções manuais e intelectuais com a mesma precisão.

 

Palavras Chave: Modernidade, Identidade, Indivíduo.

 

 

Abstract:

 This paper presents a discussion of how capitalism allied to modernity has shaken the individual and collective identities, in a scenario of paradigm shift that has caused a "crisis" in the existence of the individual and their autonomy as such. Modernity associated with capitalism whose functions in theory men's lives would facilitate bringing comfort and many other goodies, has shown paradoxical and disturbing. For some authors such elements brought a technocratic circumstance where progress threatens to undo what is supposed to be your highest goal: the emancipation of men. But as many authors attest that the reason and the technique can serve both scarcity and abundance, freedom or slavery, all depending on the way it will be handled. So in a scenario where technology, globalization, new forms of culture and social relations seem to crush the man reducing it to almost nothing, there can be plenty and freedom. Several writers point out the positives that this new environment causes, or at least deal with how we can be optimistic, since this is a theme in the history of this time.

It is known that you can not rewind and return to the people the values ​​and concepts of yesteryear. However, we must find alternatives for a more equitable, secured and blissful living in the postmodern world, in high modernity, the reflexive modernity, in these times of radicalization of modernity, it is possible as the authors wish finally in today's society. Humanity needs to broaden their skills, not technical, but human, with respect to understanding the world they live in, denying established principles, creating together new concepts and values ​​that are common to all and that makes the individual look at the another, not as an object but as a "different" that has a common destiny. Restore otherness is imperative. We must warn continually that the proceeds from the progress and modernization are not manipulated for the benefit of all, or most, incur the mistake of using the new settings (technology, capitalism and modernity) as instruments of segregation, specialization and control of some the detriment of others, as many thinkers have warned. We still run the risk of bitolar humanity, which is infinitely capable of exerting manual and intellectual tasks with the same accuracy.

 

 

Keywords: Modernity, Identity, Individual.