A SANTA CASA DO MARANHÃO E A CRISE ECONÔMICA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX EM SÃO LUÍS

AGOSTINHO JUNIOR HOLANDA COE

Co-autores: AGOSTINHO JÚNIOR HOLANDA COE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Nome: Agostinho Júnior Holanda Coe

E-mail: juniorcoe@hotmail.com

Eixo temático: História da saúde e das doenças

 TÍTULO: A Santa Casa do Maranhão e a crise econômica na segunda metade do século XIX em São Luís

Palavras-chave: assistência - caridade - saúde - hospital


Em 3 de dezembro de 1850 a Santa Casa da Misericórdia de São Luís adotou um regime excepcional despojando os seus irmãos do direito de escolher os membros da Mesa Diretora da instituição, sendo conferido a todos os presidentes da província a partir de então o cargo automático de provedor da Misericórdia. A partir desse momento, verificamos uma interferência mais efetiva dos governos provinciais no cotidiano das instituições assistenciais administradas pela Misericórdia. Portanto, objetivamos com este trabalho compreender o poderio construído pela Santa Casa da Misericórdia na prestação da assistência aos mais pobres em São Luís, bem como aos membros das elites locais na segunda metade do século XIX, momento em que a provedoria ficou a cargo dos presidentes de província, além da relação de complementaridade com outras instituições assistenciais na capital. Problematizaremos como a assistência proporcionada pela Santa Casa da Misericórdia consubstanciou as relações entre as elites locais e o Estado, gerando alianças e conflitos e, sobretudo como se deu a simbiose entre a Santa Casa e o governo da província em São Luís. Em 1890 temos o decreto que veta a intervenção do poder público no regime econômico dos institutos e associações de caráter religioso, estabelecendo o fim da obrigatoriedade do cargo de provedor da Misericórdia ser desempenhado pelos presidentes da província do Maranhão.