A proposta desse trabalho consiste na lapidação do conceito de "sociabilidade" em torno do objeto de pesquisa que norteou a escrita de minha dissertação de Mestrado, intitulada "Hábitos e práticas de consumo representados pelas bodegas no sertão quixadaense (1960-1980)". Essa necessidade surgiu a partir da concepção de que as bodegas, históricamente, configuram-se como legítimos espaços de sociabilidade à medida em que as diversas práticas sociais realizadas em suas dependências ganham formas e sentidos, implicitos na continua arte de interação entre os indivíduos e destes com os estabeleimentos em foco, por meio da comensalidade, dos jogos de azar, e das multiplas formas de apropriação pelos usuários medidos pelo consumo. Em suma, transitanto por esse campo conceitual encontro os fundamentos que justificam a relevância desse debate, bem como o processeguimento da pesquisa tendo as bodegas como objeto de análise.