Analisar as representações modernistas da cidade de Fortaleza no período entre os anos de 1942 a 1963 através das pinturas do artista plástico Antônio Bandeira é o principal objetivo deste artigo que leva como título Por entre os traços da Cidade: Representações modernistas de Fortaleza por meio da pintura de Antônio Bandeira (1942 - 1963) e tem a orientação do Professor Doutor Gleudson Passos Cardoso.
Antônio Bandeira nasceu em Fortaleza no ano de 1922, teve seus primeiros ensinamentos de arte ainda criança e, já na década de 1940 pintava profissionalmente, ganhou bolsas para o Rio de Janeiro e para Paris. Dente as pinturas deste cearense destacam-se as que ele fez representando a ruas, morros, praças, casas e árvores da capital cearense e serão analisadas aqui através das seguintes fontes: oralidade com o também artista plástico Nilo Firmeza e Cleide Silva, sobrinha de Antônio Bandeira; jornal UNITÁRIO, catálogos do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará além das pinturas Morro do Moinho, Desempregados e Cidade queimada de sol.
Com sua sensibilidade, Antônio Bandeira atuou como um agente de apreensão do mundo, comparecendo como um tradutor da realidade por meio das emoções e dos sentidos. Nessa medida, segundo a historiadora Sandra Pesavento, "as sensibilidades não só comparecem no cerne como do processo de representação do mundo, como correspondem, para o historiador da cultura, àquele objeto a capturar no passado, a própria energia da vida",fontes estas que se analisadas com o Devido tratamento, nos ajudam na composição histórica de determinado período e é isso que pretendemos com essa proposta.