O presente trabalho é parte de uma reflexão em torno dos costumes dos homens simples nas cidades do Ceará e de como estes com seus hábitos (re)agiram aos encontros culturais, marcados pelos fluxos "das gentes e das coisas" que aqui circularam quando dos processos de europeização e americanização ou de um processo civilizacional capitalista. Ou seja como traduziram os encontros culturais em zonas de fronteiras. No entanto, minha estratégia primeira passa pela pintura de uma paisagem local em seus usos costumeiros. Que elementos expressivos compõem esse quadro. Como suas linhas, cores, volumes e perspectivas. Para isso, optei pela relação cidade e fator populacional como um caminho capaz de dizer algo sobre estilos de vida locais. Isto numa relação de proximidade e distanciamento entre os indivíduos que aqui vivem seus cotidianos citadinos/urbanos. A relação de proximidade me fez refletir em torno no caso concreto das relações de vizinhança e, em especial, nas rodas de calçadas.