A República surgiu, em 1889, propondo uma série de mudanças tidas como "modernizantes". Em Pernambuco, o principal setor a tentar adotá-las foi o dos usineiros, produtores de uma mercadoria central na economia local. Nesse contexto, a discussão sobre progresso se torna relevante na medida em que, associada a essas mudanças, estava uma série de impactos que poderiam, hoje, ser chamados de "ambientais". Tanto as normas de conservação quanto os processos de degradação dos recursos naturais ao longo da história foram muitas vezes adotados em nome da "civilização". Assim, partindo do princípio de que os problemas ambientais enfrentados hoje têm origem na maneira como os recursos foram utilizados ao longo do tempo, entender quais concepções se tornaram preponderantes e ensejaram o domínio completo do meio natural ajuda a interpretar o discurso desenvolvido em Pernambuco sobre a proteção dos recursos no momento em que a República surgia tendo, justamente, o ideal positivista de progresso como norte.