Este trabalho analisa as experiências e lutas sociais de mulheres na região do Seridó paraibano, entre os anos de 1987 e 1992, período marcado pelo surgimento de oposições sindicais rurais e a fundação de duas ONGs, o Centro de Educação Popular (Cenep) e o Centro de Educação e Organização Popular (Ceop), espaços construídos a partir de grupos femininos orientados por ideologias populares, na época bastante influenciadas pelas práticas e reflexões trazidas pela Igreja Católica através da Teologia da Libertação. O artigo é resultado da dissertação defendida em março de 2017, e traz como foco a análise de documentos e entrevistas coletados sob a ótica da Nova História Política em diálogo com a História Cultural, como vistas à perceber os costumes, tradições, rituais, desejos e experiências vividas que propiciaram o surgimento de espaços voltados para a defesa da cidadania e dos direitos sociais.