O autoritarismo é um conceito utilizado para se referir a uma série de práticas, que baseadas na centralização da autoridade de um estado ou individuo, exercem o poder de forma autoritária e, portanto, avessa ao que se entende por democracia. Mais que uma postura adotada, por um Estado/Nação/Individuo, tal conceito pode se enquadrar também enquanto uma ideologia que nega a alteridade, pois acarreta a perca da dimensão do outro e o empobrecimento dos "atos de linguagem" responsáveis pela difusão do diálogo. Caracterizado pela deste, o autoritarismo se torna assim um regime de pensamento voltado para seus pares, e que incita o ódio e a violência contra aqueles que não reconhecem as suas verdades pré-estabelecidas (TIBURI, 2015, p. 25). Figurando como antagônico ao autoritarismo, temos o conceito de democracia, uma palavra polissêmica, mas que em suma, propõe uma série de práticas, visando o estabelecimento de uma sociedade inclusiva, onde os direitos sejam respeitados em sua totalidade e os deveres cumpridos com a mais completa idoneidade. Nossa intenção com o presente artigo é a de verificar como as práticas autoritárias arbitrariamente executadas ao longo do período que vai de1937 à 1964, levaram aos recuos democráticos que caracterizaram esse período, bem como, perceber o conjunto de práxis advindas de uma democracia, em tese, embrionária e débil, mas que mesmo assim, permitiu certos avanços tanto no plano social como no político/institucional.