[EVENTO] I Encontro de Saberes, De(s)colonialidade e Educação do MIHL
21 de junho de 2021 - 14:55
I Encontro de Saberes, De(s)colonialidade e Educação do MIHL/UECE
Considerando a continuidade das relações coloniais em nossas formas de vida contemporâneas enquanto colonialidade, isto é, enquanto “uma lógica global de desumanização que é capaz de existir até mesmo na ausência de colônias formais” (MALDONADO-TORRES, 2019, p. 36). Considerando também que essa matriz de poder colonial acontece em três dimensões: a colonialidade do poder (no âmbito da economia e política); colonialidade do saber (posicionamento epistêmico-filosófico-científico, racial, e visão da relação entre línguas/ discurso e conhecimento); e, colonialidade do ser (subjetividade e controle da sexualidade e dos papéis atribuídos aos gêneros) (MIGNOLO, 2003), a Turma VI do Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em História e Letras (MIHL) da Universidade Estadual do Ceará, campus da Faculdade de Educação Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC/ Quixadá) realizará, sob a coordenação do prof. Dr. Marco Bonfim (MIHL/ UECE), nos dias 22 e 29 de junho de 2021, o I Encontro de Saberes, De(s)colonialidade e Educação do MIHL. O evento será transmitido pelo canal do MIHL-UECE no Youtube e será GRATUITO. No entanto, por limitação de infraestrutura, não fornecerá certificado para ouvintes.
Trata-se de um evento de encerramento da Disciplina “Discursos, Raças e Gêneros: perspectivas descoloniais (Tópicos Especiais II)”, ministrada pelo prof. Dr. Marco Bonfim. O I Encontro de Saberes, De(s)colonialidade e Educação do MIHL tem dois objetivos principais: a) contribuir para a descolonização do conhecimento acadêmico visando uma pluriversalidade de saberes (NOGUERA, 2014) e b) visibilizar a produção científica da turma VI do MIHL-UECE resultante das aulas na disciplina de Tópicos Especiais II a partir do diálogo com intelectuais descoloniais. O evento contará com 10 mesas-redondas, sendo que a mesa de abertura e a mesa de encerramento terão palestrantes negras/ negros e indígenas que nos brindarão com suas ciências e saberes rumo à descolonização do conhecimento, que nas palavras da intelectual negra Grada Kilomba (2019), significa criar novas configurações de conhecimento e de poder. Trata-se de “uma mudança cultural e política no campo curricular e epistemológico”, como defende a intelectual negra Nilma Gomes (2012).
Portanto, nós do MIHL/FECLESC -UECE, convidamos todas, todes e todos a “contra-colonizar”, “reeditar as nossas trajetórias a partir das nossas matrizes”, como nos fala também o mestre da cultura e quilombola Antonio Bispo dos Santos.
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