O MENESTREL, AMANTE E CAVALEIRO: REPRESENTAÇÕES DO AMOR CORTÊS NA FIGURA DE TRISTÃO

LUAN LUCAS ARAÚJO MORAIS

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A instituição de um ideal para a arte do amor nas cortes medievais marca o desenvolvimento cada vez maior de uma literatura cortesã direcionada à divulgação das virtudes do Amor Cortês e sua respectiva influência no comportamento de homens e mulheres sob o jugo dessa "arte da conquista". A justa amorosa de Tristão e Isolda, um dos mais conhecidos romances do período medieval, ainda ecoa atualmente como um dos exemplos de narrativa literária que aborda tal temática em sua estrutura narrativa. Nos séculos XI e XII, variadas versões do romance de Tristão e Isolda foram produzidas com o intuito de expandir os conceitos, posturas e comportamentos sociais ligados a esse modelo de "amar" praticado nas cortes principescas pelas damas medievais e seus consortes. Objetivamos no presente trabalho a análise dos pressupostos da cultura cortês do amor e sua representação na figura de Tristão, cuja construção na literatura do período o apresenta como modelo cortesão do amante/herói. Para tal, a proposta de análise se dará em conjunto a uma abordagem envolvendo o campo da cultura escrita no medievo e a utilização dos aportes teóricos relacionados à representação literária e ao imaginário medievais como forma de estabelecer um diálogo e uma discussão apropriados ao papel atribuído a Tristão pela literatura do período. O presente trabalho foi desenvolvido com o amparo da bolsa de iniciação científica, provida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIBIC/CNPq) e vinculado ao projeto intitulado "A Cruz, a Dama e o Cavaleiro: representações da sexualidade e espiritualidade na cultura escrita medieval (séculos XII-XV)" sob orientação do professor Dr. Gleudson Passos Cardoso.