Os signos da modernidade foram fazendo parte da realidade da sociedade brasileira paulatinamente, modificando não só a aparência física da cidade, mas também a inserção de certos hábitos oriundos da Europa. Experiências como estas também foram vivenciadas em João Pessoa, desde a época que ainda se chamava Parahyba. Este trabalho tem a intenção de analisar a cidade, levando em consideração as influências da modernidade e conseqüentemente os seus signos não só nos espaços físicos que a compõem, mas também dando ênfase as mudanças de hábitos e costumes por ela promovida. Para melhor execução dessa tarefa, foi preciso fazer algumas escolhas, sejam elas na esfera espacial,cronológica e de acordo com os personagens históricos selecionados. Partindo da Avenida Epitácio, importante logradouro da cidade de João Pessoa, pretendemos historicizar o percurso que estabelece este logradouro como eixo fundamental para a ligação do Centro da cidade à Orla marítima da capital do estado da Paraíba, observando o contexto da década de 1920 à 1960, através do uso não só das fontes escritas, mas sim enriqueceremos o debate a partir dos relatos orais a partir da metodologia da história oral, bem como serão feitos os usos de fotografias e jornais. Para que essas reflexões tornem-se possíveis será necessário dialogarmos com o campo da história cultural. Nesse entendimento, o objeto de estudo não será analisado apenas levando em consideração que é uma obra moderna, realizada no governo de um determinado gestor. Essas considerações serão analisadas, contudo será enfatizado aquilo e/ou aqueles que ficaram silenciados ou até mesmo "invisibilizados".(CERTEAU:1994),também serão analisados apresentaremos narrativas de afirmação da identidade pessoense fundada na experiência fluvial ( no entorno do rio) e do centro e a construção do imaginário urbano dessa cidade.