Este artigo faz parte de um campo específico da historiografia que estuda sobre história (Clio), memória (Mnemósine) e temporalidade (Chronos). A primeira parte do texto se baseia na análise das cartas pastorais do bispo Dom Aureliano Matos e procura perceber os diferentes "espaços de experiência" e "horizontes de expectativas" que ele construiu entre 1940 e 1965. A segunda parte analisa, de maneira panorâmica, a produção discursiva e não discursiva que foi produzida por memorialistas, poetas e outros artistas sobre o referido bispo (após a sua morte - 1967). A intenção é mostrar que o imaginário social que existe em torno do "Limoeiro de Dom Aureliano Matos" foi construído, em parte, pelas utopias religiosas do próprio bispo e pelas artes(manhas) dos memorialistas, poetas e outros artistas.