Giambattista Vico (1669-1744) serve-se, na Ciência Nova (1744), da História não como fato e consequência deste no tempo, mas como um saber dinâmico e dialogal com outros saberes, como a Filologia, Filosofia, Retórica, ou seja, com a erudição. Neste sentido, a História tem a sua importância primordial na obra viquiana, pois se trata do conteúdo de uma Ciência do Mundo Civil. Nesta obra, a história assume um caráter universal, por apresentar os fundamentos originários de todos os povos. Trata-se aqui de uma história universal da humanidade e a sua constituição nas três idades do mundo. A história tanto auxilia para realização da Ciência Nova, como apresenta suas especificidades. Neste sentido, a história sagrada e história profana assumem a sua relevância, na Ciência Nova, para um saber que tem como questão a vida civil. Tendo como base uma reflexão acerca da nuova scienza, de Giambattista Vico, apresenta-se aqui as seguintes questões: i) A História Sagrada na Ciência Nova de Giambattista Vico; e ii) A História Profana na Reflexão de Giambattista Vico. Essas duas perspectivas da História são contributos para história universal desde a sua gênese, como os primeiros povos, as nações gentílicas de caráteres fabulosos, como no seu percurso, pela ação da providência divina, até sua humanização. Vico apresenta, assim, a nova importância das fabulas, dos mitos, do saber e das coisas que resultam do fazer humano, ou seja, a constituição da vida civil.