Este artigo tem o objetivo de analisar a construção de uma "memória escrita" sobre o urbano em Fortaleza a partir dos relatórios de José Moreira da Rocha e de José Carlos de Matos Peixoto. Metodologicamente procedemos com a análise da documentação apresentada na Assembleia Legislativa do Ceará pelos presidentes, juntamente com um balanço historiográfico sobre cidade. Apesar das problemáticas que cercam a "memória histórica", ela é tida como uma maneira de preservar informações, com isso buscamos entender qual a Fortaleza que esses indivíduos estavam pintando, tendo em vista, que a escrita possui um "lugar social" e produz uma "memória", no nosso caso, uma memória sobre o urbano. Portanto, a reflexão percorre tal discussão, pois a Fortaleza apresentada nas fontes passou pelas concepções de "progresso" dos presidentes do estado e de como eles queriam que ela fosse lembrada no período de suas administrações.