MICROPOLÍTICAS DA AMIZADE NO COLETIVO ALUMBRAMENTO FILMES

ANTONIO ELIONARDO DA SILVA SARAIVA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Micropolíticas da amizade no coletivo Alumbramento Filmes.

 

Antônio Elionardo da Silva Saraiva[1]

 

Resumo

 

Propondo uma história possível de analisar a criação artística no tempo presente, este trabalho reflete a atuação coletiva da produtora cinematográfica Alumbramento Filmes. O coletivo, existente em Fortaleza desde 2006, atualmente se encontra produzindo filmes e espaços de exibição, de forma não hierarquizada em diálogo com outras linguagens e coletivos artísticos de outros estados. A amizade que se faz presente, tanto na estética de alguns filmes como na existência do coletivo, nos faz dialogar com a filosofia de Michel Foucault a partir de Francisco Ortega ao pensar na amizade como uma relação ético-estético-política.  Dialogamos também com a História Cultural ao trazer para o discurso histórico a linguagem cinematográfica como uma nova possibilidade de escrita historiográfica através das imagens, mas ainda pensada no campo representativo, o que acaba reduzindo as intensidades criativas de uma linguagem coletiva afetada pelos modos de produção.  O trabalho se apropria das reflexões cartográficas de Suely Rolnik e Félix Guattari, as quais refletem os movimentos de transformação das paisagens psicossociais, ou seja, das estratégias micropolíticas do desejo no campo social, para pensarmos como o historiador pode ser um cartógrafo do presente a partir da criação de novas paisagens sóciohistóricas, as quais, afetadas por desejos coletivos, criam novas subjetividades que no cinema efetivam sua liberdade de criação.

 

Palavras-chave: história, cartografia, cinema, amizade, subjetividade.

 

Abstract

 

Proposing a history that can analyze the artistic creation of the present moment, this work reflects the collective actuation of the film producer Alumbramento Filmes. The collective which has been around in Fortaleza since 2006 is currently producing films and exhibition places, in a non-hierarchized way in interface with other languages and artistic collectives from other states. The friendship that is present both in the aesthetics of some films as well as in the existence of the collective makes us relate to the philosophy of Michel Foucault, drawing from Francisco Ortega by thinking of the friendship as an ethic-aesthetic-political relation. We also dialog with the Cultural History by bringing to the historical discourse the cinematographic language as a new possibility of historiographical writing through images, but thought in the representative field, which ends up reducing the creative intensities of a collective language affected by the ways of production. The work takes the cartographical reflections of Suely Rolnik and Félix Guattari, which reflect the movements of transformation of the psychosocial landscape, that is, of the micro-political strategies of desire in the social field, in order to think how the historian can be a cartographer of the present from the creation of new sociohistorical landscapes which, affected by collective desires, create new subjectivities that in the cinema put into effect their liberty of creation.

 

Keywords: history, cartography, cinema, friendship, subjectivity.

 


[1] Graduando do curso de Licenciatura em História pela Universidade Estadual do Ceará. Trabalho para o Simpósio Temático Cultura e Manifestações Artisticas do II Encontro Internacional História, Memória, Oralidade e Culturas. Email: radioleohead@gmail.com.