O estudo propõe um percurso histórico-literário pelas ruas de Salvador, na
década de 1930, com chegada à sede do Jornal da Tarde e leitura crítica da coluna
CARTAS À REDAÇÃO, na qual diversas pessoas se posicionam a respeito das
atividades criminosas de um grupo de delinquentes juvenis: de um lado, o Secretário do
chefe de polícia, o Juiz de Menores e o Diretor do Reformatório Baiano e, de outro, a
mãe de um infrator e o padre José Pedro. A discussão pelas páginas do jornal, que
aparece no romance Capitães da areia (1937), de Jorge Amado, revela ecos do Código
de Menores de 1927, a política assistencialista do estado e a internação no reformatório.