Observa-se que o mundo cultural opera através do simbólico. O
homem, seu principal agente, vive num mundo material, mas de acordo com
um esquema de significados criados por ele mesmo. Dessa forma, é possível
identificar com clareza as referências culturais que estão ligadas às questões
de identidade, memória e sociabilidade. Nesse sentido, a cultura é capaz de
direcionar olhares e condicionar comportamentos, ela é concebida como
significados e trabalhos compartilhados, não totalmente conscientes, refeitos e
redefinidos em práticas coletivas (EAGLETON, 2005). Pretende-se com este
artigo fomentar algumas discussões sobre Cultura. Para tanto nos
fundamentaremos nos estudos teóricos de Cevasco (2003); Clifford Geertz
(1989); Laraia (2001); Cintra (2006); Turner (2005) Hall (2003), dentre outros.
Não se trata de estabelecer um conceito, mas descortinar o seu vastíssimo
leque de possibilidades e perspectivas. Aliado a isso, busca-se incluir a cultura
popular e as algumas reflexões acerca da tradição oral. Assim, entende-se a
cultura como criação e patrimônio da humanidade, o que nos permite
compreender sua diversidade e dinâmica.