EXTRAÇÃO DE COLÁGENO DE PELE DE TILÁPIA DO NILO PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE USO TÓPICO

MARILIA GABRIELA PEREIRA DAMASCENO

Co-autores: CARLOS ROBERTO KOSCKY PAIER, JOYCE DE PONTES GOMES, MARÍLIA GABRIELA PEREIRA DAMASCENO, JHENIFER MACENA DOS SANTOS , FELIPE AUGUSTO ROCHA RODRIGUES e EDMAR MACIEL LIMA JUNIOR
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

 EXTRAÇÃO DE COLÁGENO DE PELE DE TILÁPIA DO NILO PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE USO TÓPICO

 Carlos Roberto Koscky Paier*1, Joyce de Pontes Gomes1, Marília Gabriela Pereira Damasceno3, Jhenifer Macena dos Santos3, Felipe Augusto Rocha Rodrigues1, Edmar Maciel Lima Júnior2

 ¹UFC; ²Instituto de Apoio ao Queimado; ³UniChristus

 *crkpaier@gmail.com, mariliagabrielapd@gmail.com

 

 

Linha de Pesquisa - Área Biotecnologia em Saúde:

Desenvolvimento de Bioprodutos/Bioprocessos

 

Formulação do problema/Justificativa: A pele de Oreochromis niloticus, a tilápia do Nilo, tem apresentado ação cicatrizante em ferimentos causados por queimaduras. Uma das razões do sucesso da pele no tratamento de queimados reside no seu alto teor de colágeno. Tal fato sugere que esta proteína de matriz extracelular é um insumo promissor para uso em formulações de uso tópico, em diversas aplicações cosméticas e farmacológicas, inclusive no tratamento de queimados.

Objetivo geral: Este trabalho visa estabelecer um método eficiente e barato de extração de colágeno da pele de tilápia para aplicação na indústria farmacêutica e de cosméticos.

Solução proposta: O colágeno foi satisfatoriamente extraído da pele de tilápia do Nilo por solubilização em ácido (CSA), com um rendimento de 3,95% (m/m) em relação à pele úmida. Se considerado como rendimento em termos de peso úmido, o valor alcançado é significativo e pode ser dilatado se calculado em termos de peso seco. Qualitativamente, a análise eletroforética desnaturante (SDS-PAGE) do extrato obtido revelou uma composição proteica majoritariamente colagenosa. Cinco bandas principais de diferentes massas moleculares foram detectadas após a eletroforese. Embora tal variedade de bandas sugira a presença de contaminantes, o conhecimento prévio da ultraestrutura do colágeno permite afirmar que todas as bandas são formas de colágeno detectáveis pelo método de SDS-PAGE. Posteriormente, com o objetivo de aumentar a biodisponibilidade do colágeno de Tilápia em inúmeras aplicações, serão utilizadas diferentes proteases no estudo da hidrólise desse bioproduto.

Campo de aplicação: O colágeno tipo I obtido da pele de tilápia pode ser usado como suplemento na fabricação de nutracêuticos, para enriquecer o conteúdo nutricional dos produtos; em cosméticos, para promover a absorção pela pele, conferindo hidratação e rigidez; em fármacos de uso tópico, para promover a incorporação em feridas e a indução de regeneração e cicatrização. Os hidrolisados de colágeno tipo I de tilápia podem ser utilizados na manufatura de cápsulas para medicamentos, de dispositivos médicos para implantes e em infusões intravenosas e aplicações intradérmicas, nos preenchimentos de rugas e depressões. Na indústria de alimentos, o colágeno tipo I hidrolisado de tilápia pode ser usado para melhorar a textura, a mastigabilidade e a estabilidade de cremes usados em confeitaria; para aperfeiçoar a texturização de laticínios; como agente estabilizante, emulsificante e gelificante em produtos de panifício; para reduzir o conteúdo de gorduras, melhorar o paladar e a cremosidade de margarinas e patês; para fornecer hidratação em alimentos de carne processada; como agente clarificante de vinhos e sucos de frutas industrializados; como agente emulsificante, espumante, dispersante, solubilizante e fixador em produtos diversos.

 

Palavras-chave: Pele da Tilápia. Biomateriais. Colágeno. Formulações farmacológicas. Insumo industrial.