DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA AUXÍLIAR NO DIAGNÓSTICO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA MÍNIMA

MANOEL MIQUEIAS MAIA

Co-autores: MANOEL MIQUEIAS MAIA, CASSIO PINHEIRO OLIVEIRA e FRANCISCO SÉRGIO RANGEL DE PAULA PESSOA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

Linha de Pesquisa - Área Biotecnologia em Saúde:

Desenvolvimento e/ou validação de dispositivos e protótipos

Formulação do problema/Justificativa: A Encefalopatia Hepática (EH) pode ser definida como um distúrbio no sistema nervoso central causado pela incapacidade hepática em excretar as toxinas do organismo, possuindo prevalência de até 80% nos pacientes cirróticos (NARDONE et al., 2016; RIDOLA et al. 2018). Os seus sinais podem ser desde déficits subclínicos até o estágio de coma (BITTENCOURT et al., 2011; PINHO; CERQUEIRA; PEIXOTO, 2011; PIRES; MARINHO, 2016). Os casos de EH com déficits menos aparentes, conhecidos como Encefalopatia Hepática Mínima (EHM), são um desafio a parte (ALLAMPATI et al., 2015; PINHO; CERQUEIRA; PEIXOTO, 2011), uma vez que a sua detecção é baseada na exclusão de sintomas de outras afecções (FERRAZ; FIGUEIREDO, 2004). Os procedimentos atuais, segundo Nardone et al. (2016), baseiam-se em "testes neuropsicológicos, testes psicométricos computadorizados (...) e os testes de controle inibitório, bem como os procedimentos neurofisiológicos". Todavia, especialistas salientam que estes testes dependem da experiência do profissional ou de recursos ainda pouco acessíveis, como é o caso da frequência crítica de flicker. A EHM pode impedir que o paciente execute movimentos finos, dificultar a condução de veículos e comprometer a qualidade de vida (NARDONE et al., 2016; WEISSENBORN, 2019). A sua progressão pode ser evitada com tratamento adequado a partir do diagnóstico precoce (VIEGASA et al., 2009). Diante da escassez de ferramentas diagnósticas menos subjetivas, mais precisas e acessíveis, trazer para o centro das discussões esta demanda clínica e estudar novas técnicas aliadas às inovações tecnológicas pode vir a impactar na celeridade da execução do tratamento ainda antes do aparecimento de sinais clínicos, acarretando também a redução custos terapêuticos a uma demanda elevada de pacientes e ao erário. Portanto, esta pesquisa busca compreender como o desenvolvimento e aplicação de um software pode auxiliar no diagnóstico de encefalopatia hepática mínima.

Objetivo geral: Desenvolver um software para auxiliar na detecção precoce de Encefalopatia Hepática Mínima a partir da leitura das mãos em abdução por meio da precisão motora de pacientes utilizando o Leap Motion.

Solução proposta: O software irá ler e interpretar os dados da frequência da precisão motora obtidos através do Sensor Leap Motion e comparará com os padrões da escala de grupos controle e dos diagnosticados com Encefalopatia Hepática, gerando relatório da constância obtida e indicando o possível risco/estágio da doença para o profissional de saúde.

Campo de aplicação: A solução proposta é indicada para a utilização de profissionais de saúde - notadamente hepatologistas - em atividades ambulatoriais com foco em exames complementares em clínicas, hospitais, centros de saúde e diagnóstico de doenças hepáticas.

Palavras-chave: Encefalopatia Hepática. Software. Validação de programas de computador.