APLICATIVO MÓVEL PARA AUXÍLIO NO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM E MANEJO DE INCIDENTALOMAS ADRENAIS

MANOEL MIQUEIAS MAIA

Co-autores: GABRIELLE GURGEL LIMA, MANOEL MIQUEIAS MAIA, CÁSSIO PINHEIRO OLIVEIRA, FRANCISCO SÉRGIO RANGEL DE PAULA PESSOA e MARCOS ROBERTO LOURENZONI
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

Linha de Pesquisa - Área Biotecnologia em Saúde:

Desenvolvimento e/ou validação de dispositivos e protótipos

Formulação do problema/Justificativa: Em todo o mundo, mais de 200 milhões de adultos são submetidos as cirurgias a cada ano, e o número desses pacientes está aumentando (DEVEREAUX; SESSLER, 2015). Estima-se que sejam realizadas anualmente cerca de 19 milhões de cirurgias na Europa, 30% dos quais em pacientes com comorbidades cardiovasculares e, portanto, com maior risco de complicações (KRISTENSEN, 2014). As complicações cardiovasculares ainda são uma das causas mais importantes de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a cirurgia não cardíaca. Mais de 150.000 complicações cardíacas ocorrem a cada ano quando se refere à população européia (FLEISHER, 2014). De acordo com o registro de alta hospitalar dos EUA, o número de procedimentos cirúrgicos está aumentando constantemente e afetará principalmente pessoas idosas (FERGUSON, 2002). Assim, nos próximos 20 anos, o envelhecimento terá um impacto significativo no manejo perioperatório da maioria dos pacientes candidatos a cirurgia não cardíaca (BALDASSERONI, 2012; DEVEREAUX, 2015). Os idosos representam uma parte da população particularmente em risco, não só pela crescente incidência e letalidade da doença coronariana que ocorre com o aumento da idade, mas também pelos efeitos do envelhecimento no miocárdio (DEVEREAUX, 2008). Uma vez que se estima que as pessoas idosas necessitam de cirurgia quatro vezes mais do que o resto da população, a relevância da correta estratificação do risco cardiovascular (RCV) está aumentando ao longo do tempo (FLEISHER, 2014; KRISTENSEN, 2014; DEVEREAUX, 2015). Aproximadamente 5% dos pacientes submetidos à cirurgia não cardíaca apresentam uma grande complicação cardíaca nos primeiros 30 dias pós-operatórios. Esta taxa tem aumentado principalmente devido a uma prevalência crescente de comorbidades cardíacas. Assim, é necessária uma estratificação do risco cardíaco pré-operatório para avaliar principais complicações cardiovasculares em todos os pacientes agendados para cirurgia não cardíaca. Esta informação ajuda a equipe médica e o paciente a avaliar melhor os benefícios e riscos da cirurgia, além de otimizar seu tempo e localização (por exemplo, centro hospitalar versus cirurgia ambulatorial) (SMILOWITZ, 2017). A morbidade e a mortalidade durante a cirurgia resultam tanto do procedimento cirúrgico quanto do estado físico pré-operatório do paciente. A visita anestésica pré-opera- tória visa principalmente a detecção e avaliação do estado de saúde do paciente, além de otimizar a sua condição (SMETANA, 1999). Proporciona ainda ao anestesista a oportunidade de rever as investigações relevantes, fornecer informações ao paciente, explicar a importância do jejum pré-operatório adequado e decidir a técnica anestésica mais apropriada para cada indivíduo. Esta visita é fundamental e obrigatória. Portanto, na ausência de avaliação pré-operatória, a administração de anestesia pode ser precária (KLUGER, 2000).

Objetivo geral: Desenvolver aplicativo móvel voltado para médicos anestesistas e clínicos para avaliação de risco cardiovascular perioperatório em cirurgias não cardíacas.

Solução proposta: Com base na 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia foi concebido um aplicativo móvel intitulado "CardioApp". Trata-se de uma ferramenta cross-platform criada para médicos para avaliação de risco cardiovascular perioperatório em pacientes submetidos a cirurgias não cardíacas, disponibilizado nas lojas de aplicativos móveis. A navegação entre as telas segue o passo-a-passo das recomendações do Índice de Risco Cardíaco Revisado de Lee, índice da American College of Physicians e Estudo Multicêntrico de Avaliação Perioperatória (EMAPO), de acordo com a escolha do profissional de saúde.

Campo de aplicação: Aplica-se à utilização por parte de profissionais de saúde, notadamente anestesistas e clínicos, em quaisquer ambientes de práticas de saúde com a finalidade de auxiliar a avaliação de risco perioperatório cardiovascular em cirurgias não cardíacas baseada em diferentes diretrizes.

Palavras-chave: Assistência perioperatória. Software. Validação de programas de computador.