O presente trabalho tem como objetivo investigar o efeito da extrato etanólico de Ipomoea carnea (EEIc) nos órgãos reprodutivos e de metabolização por meio de avaliações histopatológicas e testes bioquímicos. Foram utilizadas 60 ratas Wistar, divididas em 10 grupos de 06 animais. Os grupos tratados com EEIc nas doses de 25, 50 e 100mg/kg e os grupos controles positivo (Estradiol, Tamoxifeno e Estradiol+ Tamoxifeno) e negativo (Água destilada+ DMSO e óleo de milho) receberam sete dias consecutivos a cada 24 horas. Após esse período os animais foram eutanasiados e o útero foi coletado, seccionados e colocados em frascos conto solução de formol a 10% tamponado para posterior avaliação histopatológica. Também foi coletado 60 amostras de soro sanguíneo para estudo dos parâmetros bioquímicos e foram dosados glicose, colesterol total, lipoproteínas de alta densidade (colesterol HDL) e uréia. Os resultados mostraram que nos grupos de teste da atividade estrogênica e antiestrogênica (EEIc + Estradiol) apresentaram, no epitélio uterino, infiltrados inflamatórios eosinofílico da lâmina própria e camada muscular e infiltrado de intensidade moderada variando de entre 16,66% e 33,33%. Quanto aos parâmetros bioquímicos de ratas tratadas com o EEIc observou-se que nos grupos de teste de atividades estrogênica e antiestrogênica as principais alteração observadas foram nas taxas de colesterol, glicose, creatinina e ALT. Assim, o presente estudo demonstrou que embora a Ipomea carnea esteja na lista das plantas tóxicas esta não foi capaz causar alterações significativas sobre o tecido uterino. Bem como as alterações nos parâmetros bioquímicos nas taxas de colesterol, glicose, creatinina e ALT não são indicativos de lesões hepáticas e renais.