O PAPEL DA TERAPIA GÊNICA DO ONASEMNOGENE ABEPARVOVECNA ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL.

VITORIA SANTOS BEZERRA

Co-autores: VITÓRIA SANTOS BEZERRA, ISABELE DA SILVA PEREIRA, ANTÔNIO CARVALHO RIBEIRO SOBRINHO e VALDEVANE ROCHA ARAÚJO
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

RESUMO

O PAPEL DA TERAPIA GÊNICA DO ONASEMNOGENE ABEPARVOVECNA ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL.

Vitória Santos Bezerra 1, Antônio Carvalho 1, Isabele da Silva Pereira 2, Valdevane Rocha Araújo1

1UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE).

2UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC).

INTRODUÇÃO: A Atrofia Muscular Espinhal (AME) tem origem genética e caracteriza-se pela degeneração dos neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal, responsáveis pelas movimentações dos músculos. AME é uma doença autossômica recessiva ligada ao cromossomo 5, relacionado ao gene da proteína Survical Motor Neuron (SMN), responsável por proteger os neurônios motores que levam os impulsos nervosos da coluna vertebral para os músculos. Afeta aproximadamente 1 em 10000 nascimentos, sendo considerada a principal desordem autossômica recessiva fatal depois da fibrose cística. A terapia genética com o uso de onasemnogene abeparvovec popularmente conhecido como ZOLGENSMA ®foi desenvolvida no EUA para o tratamento de pacientes pediátricos de AME com idade <2 anos. OBJETIVO: Entender o funcionamento da terapia genética onasemnogene abeparvovec no tratamento da atrofia muscular espinhal. METODOLOGIA: Trata-se de um resumo realizado a partir de artigos científicos entre os anos de 2015 a 2020, obtidos na base de dados Pubmed usando critério de exclusão: Estudos com metodologia não defina e publicações não disponíveis na íntegra; método de inclusão estudos de revisão sistemática e narrativas. RESULTADOS: A farmacoterapia da AME foi voltada para o aumento da força e função muscular, as abordagens mais utilizadas hoje é o aumento dos níveis da proteína SMN. O primeiro fármaco liberado para o tratamento da AME foi o Nusinersena (Spiranza), que é um fármaco oligonucleotídioantisense que atua aumentando a expressão gênica do SMN por meio do splicing do gene SMN2, aumentando sua proteína e funcionalidade. Este fármaco é injetável e indicado tanto para adultos como crianças e o tratamento ocorre por toda a vida. Testes duplo cego com placebo demonstraram sua eficácia, melhoria na capacidade motora, ventilação e sobrevida. No Brasil também é o único registrado e disponibilizado pelo SUS (Sistema único de Saúde) para o tratamento. Outros fármacos atuantes no splicing do gene SMN2 estão em fase de testes, o Risdiplam e o Branaplam que tem via de administração oral. Recentemente o fármaco Zolgensma trouxe outra abordagem para aumentar a proteína SMN na AME, por meio de terapia gênica. O gene SMN2 é inserido no vírus Adeno Associado 9 Auto Complementar, que transpassa a barreira hematoencefálica. O fármaco é indicado para crianças de até dois anos, em dose única intravenosa. Seu uso foi autorizado nos Estados Unidos pelo FDA. Estudos na fase de testes indicaram que o pacientes mais jovens, antes de três meses de vida, apresentam maior resposta ao tratamento assim como pacientes tratados antes de apresentar os sintomas da AME. CONCLUSÃO: O Zolgensma apresentou grande potencial terapêutico em uma dose, porém requer mais estudos sobre sua eficácia quanto a idade do paciente.