A síntese de nanopartículas metálicas tem despertado grande interesse devido ao pequeno tamanho e à grande área de superfície em relação ao seu volume. Nessa escala nanométrica, tais partículas passam a apresentar características muito diferentes de partículas maiores presentes do mesmo material em maior escala. A "síntese verde" consiste na utilização de extratos vegetais contendo moléculas capazes de reduzir íons metálicos como a Prata (Ag+2) a nanopartículas (NP) em apenas uma etapa em condições normais de temperatura e pressão. A síntese de AgNP possui várias vantagens, tais como a proteção do ambiente, passos reprodutíveis simples, produzem biomoléculas funcionais que aderem à superfície das nanopartículas lhes conferindo propriedades farmacológicas, proteção e estabilidade. Nesse estudo foi possível obter nanoparticulas de prata (AgNP) por síntese verde em temperatura ambiente utilizando extrato aquoso da folha de Moringa oleifera como agente redutor , a síntese das AgNPs foi realizada seguindo a metodologia com adaptações de Albernaz (2014). A caracterização das AgNPs foi realizada por meio de espectrofotometria UV-Visível, espalhamento de luz dinâmico (DLS) e potencial Zeta de superfície. As AgNP formadas apresentaram absorbância em torno de 97,40 nm, usando o extrato em uma concentrção de 5% e pH 9,0. Pesquisas iniciais sobre a Moringa oleifera isolaram o seu princípio ativo antimicrobiano, denominado benzil-isotiocianato (BITC) e outras substâncias presentes nos tecidos da planta capazes de inibir o crescimento microbiano, como os glicosídeos saponinas, niazirina, niaziridina, polifenóis (flavonóides) e alcalóides (moringina e moringinina). Assim espera-se que as AgNP obtidas por síntese verde usando extrato aquoso de M. oleifera seguindo o mesmo proposito terão efeito bacteriostático e bactericida pronunciado frente algumas bacterias Gram positivas e Gram negativas.
Palavras-chave: Nanopartículas metálicas, síntese verde, Moringa oleifera.