A Arrabidaea chica é uma planta medicinal utilizada popularmente como anti-inflamatória, cicatrizante, antianêmico e anticâncer. Este estudo reporta a avalição da segurança não clínica do extrato etanólico das folhas do crajiru (Arrabidaea chica), frente ao zebrafish (Danio rerio) adulto (ZFa). Inicialmente, foi preparado o extrato etanólico das folhas de crajiru (Arrabidaea chica; EEtCra) comercializadas como fitoterápico (Kampo de Ervas, Produto orgânico Brasil®; Lote: 5692). Posteriormente, ZFa (60-90 dias, 0,4±0,1 g; n=6/grupo), machos e fêmeas, foram tratados, via intraperitoneal (i.p.), com soluções do O EEtCra (0,05 ou 0,1 ou 0,5 ou 1,0 ou 5,0 mg/ml; 20 µL; i.p) ou veículo (Controle, DMSO 3 %, 20 µL). Um grupo sem tratamentos (Naive), também foi incluído. Após 30 min dos tratamentos, os animais foram adicionados em placas de Petri (10 x 15 cm), contendo a mesma água do aquário, marcadas com quatro quadrantes e analisada a atividade locomotora através da contagem do número de cruzamento de linhas (CL). Os resultados foram expressos como média ± E.P.M. (n=6), analisados por ANOVA seguindo do teste de Tukey e considerados significantes valores de (p<0,05.). Para o teste de toxicidade, os animais foram tratados conforme descritos anteriormente, deixados em repouco e após 24 h e até 96 h dos tratamentos, a mortalidade foi analisada e determinado a concentração que mata 50 % (CL50) do ZFa através do método matemático Trimmed Spearman-Karber com intervalo de confiança de 95%. Tais protocolos foram aprovados pela CEUA-UECE (#7210149/2016). Como resultado, EEtCra (0,05 ou 0,1 ou 0,5 ou 1,0 ou 5,0 mg/ml; 20 µL; i.p) não alterou o comportamento locomotor dos animais e tais concentrações não se mostraram tóxicas. Tais resultados foram significantemente semelhantes (p>0,05) ao controle (DMSO 3 %, 20 µL; i.p.). Os resultados são considerados importantes, pois apontam para a segurança no uso do extrato etanólico do crajiru (Arrabidaea chica).