Atividade antimicrobiana da Vitaferina A em diferentes bactérias de importância clínica
Antimicrobial activity of Withaferin A in differents bacterias of clinical importance
Bruna Godoy Noro1; Altevir Rossato Viana2; Gabriela Chuy3; Bruno Stefanello Vizzotto4
1 Discente do curso de Biomedicina, Universidade Franciscana, Brasil; brunagodoyn@gmail.com.
2 Discente do Programa de Pós-Graduação em Nanociências, Universidade Franciscana, Brasil; rossato.viana@hotmail.com.
3 Discente do curso de Biomedicina, Universidade Franciscana, Brasil; gabichuy.97@gmail.com.
4 Docente do curso de Biomedicina, Universidade Franciscana, Brasil; bvizzotto@yahoo.com.br.
Resumo:
As doenças infecciosas são uma ameaça consideravelmente importante e duradoura para a saúde pública, com implicações sociais e financeiras significativas. Além disso, as infecções bacterianas são a causa de aproximadamente 65% da soma total das doenças infecciosas. Isto ocorre pelo uso indiscriminado de antibióticos, que tem potencializado o surgimento da resistência antimicrobiana e a qual tornou-se um grande problema para a comunidade de saúde global. Em vista disto, uma grande variedade de plantas medicinais vem sido vista como um poderoso recurso nas atividades antimicrobianas naturais, de maneira a ser uma possível alternativa potencialmente eficaz no tratamento dessas infecções bacterianas problemáticas. A vitaferina A, bioativo de origem natural e vegetal, tem recebido considerável atenção devido à sua atividade antibiótica, anti-inflamatória e antitumoral, inibindo a proliferação celular e induzindo a apoptose celular. Esse bioativo é auxiliado pela ação de flavonóides, que são substâncias lipofílicas que pode danificar as membranas celulares bacterianas, causar a liberação de metabólitos da célula e possibilitar a entrada de fluido extracelular, proporcionando a morte da bactéria. Dessa forma, o presente estudo avaliou a atividade da Vitaferina A em diferentes cepas (K. pneumoniae, E. coli, S. aureus e P. aeruginosa) bacterianas ATCC de importância clínica. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição em placas de 96 poços, seguindo as diretrizes preconizadas pelo BrCAST (2018) em triplicata. Foram preparadas suspensões dos microrganismos em análise em caldo Mueller-Hinton (CMH) com cátions ajustados e regulado na escala 0.5 McFarland (1.5×106 UFC/mL), sendo os inóculos bacterianos diluídos 1:20. As placas foram incubadas por 18-24 h a 37±2 °C em estufa bacteriológica. Transcorrido o tempo de incubação, a análise das placas se deu pela adição de 20 μL de cloreto de trifeniltetrazólio (10 mg/mL) em cada poço, sendo as placas incubadas novamente por 2 h a 37±2 °C em estufa bacteriológica. A leitura da CIM foi realizada de forma visual, onde a mudança de coloração de incolor para vermelho indicou o crescimento bacteriano. A concentração de 62,5 µg/mL foi capaz de inibir o crescimento das quatros bactérias testadas. Conclui-se que o bioativo possui importante atividade antibacteriana em cepas gram positivas e gram negativas.