Essa pesquisa tem como estudo um trabalho de natureza qualitativa, que busca analisar a trajetória de vida de algumas pessoas trans e travestis do sertão-central, buscando construir uma narrativa histórica sobre as condições desses sujeitos sociais na história recente do Brasil, usando dados do Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e da polícia em relação a violência. Motivo de iniciar a pesquisa em 2000 - nesta data inicia-se o nascimento de organizações específicas de transexuais no país. Trabalharei com História oral, que na concepção proposta por Meihy e Holanda (2008) "é um conjunto de procedimentos que se iniciam com a elaboração de um projeto e que continuam com o estabelecimento de um grupo de pessoas a serem entrevistadas''. Serão utilizados neste trabalho, artigos, teses e livros de autores e autoras que contribuirão com a reflexão, tais como: "Transfeminismo" da autora Letícia Carolina Pereira do Nascimento; "Travestis na escola: assujeitamento e resistência à ordem normativa" pesquisa de doutorado de Luma Nogueira de Andrade, entre outros. Essa pesquisa não irá somente refletir a partir da memória de um indivíduo, mas de uma comunidade (trans), a partir de entrevistas, artigos e livros disponíveis em sites, pretendo que esse trabalho ajude a compreender as questões decorrentes da presença dessas pessoas na sociedade. Embora existam leis contra a LGBTfobia, ainda há a necessidade de implementar medidas que compartilhem a realidade concreta sobre essa violência de gênero. A falta de dados oficiais sobre esse público é um problema na criação de políticas públicas, são órgãos como o IBTE, Rede Trans e Antra que fazem o levantamento desses dados.