A partir de pesquisa em andamento no Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em História e Letras (MIHL), com fomento da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), o trabalho estuda as negociações associadas ao processo de eletrificação de Senador Pompeu-CE, bem como a expansão de serviços de telecomunicações naquela cidade, entre os anos de 1964 a 1971, a partir de sua complexa relação com projetos mais amplos relacionados à melhorias infraestruturais no Estado e integração nacional, questões estas articuladas de forma tensionada, respectivamente, pelos governos Estadual e Federal e associadas ao processo de "modernização conservadora" fomentado pela Ditadura (Motta, 2014a; 2014b; 2018; 2021; Ortiz, 1988; 2014). A partir de Atas da Câmara Municipal de Senador Pompeu (ACM-SP) e documentos oficiais presentes no acervo Virgílio Távora, localizado no Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC), fontes analisadas tentando dar conta de suas condições de produção, silêncios, interesses e aspectos aparentemente triviais, mas que são de grande valia para a compreensão da temática (Le Goff, 1990; Ginzburg, 1989); além de excertos de matéria de jornais coletadas no site da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, vestígios observados tendo em conta serem o resultado de um empreendimento coletivo que é fruto da história ao passo em que a influência (Barbosa, 2007; Luca, 2008; Barros, 2023), notamos que, a partir de complexas negociações com políticos e técnicos associados à empresas como Companhia de Eletricidade do Cariri (CELCA) e Companhia de Eletrificação do Centro-Norte (CENORTE), é que Senador Pompeu fora eletrificada de modo excludente, visto que locais da zona rural não tiveram acesso à tal insumo inicialmente, ao passo em que a partir do Plano de Metas Governamentais (PLAMEG) da gestão de Virgílio Távora (19633-1966) à frente do Executivo cearense é que serviços de telefonia começaram a chegar na cidade de modo igualmente processual.