A pesquisa tem por base desenvolver uma análise sobre um antigo quarteirão que abrigava uma fábrica de algodão na cidade de Quixadá-CE, intitulada Baquit Comércio e Industria LTDA. E, compreender também outros vetores além da produção algodoeira, como por exemplo, as organizações e eventos de reprodução social que estão inseridos no âmbito do desenvolvimento e estruturação do algodão, atrelados a sociabilidade. O período estudado será do início do século XX, aproximadamente, 1910 até o final o final da década de 1990. Destacando a importância histórica e local que o algodão trouxe para o município. Para comtemplar a pesquisa utilizou-se de duas entrevistas com ex-funcionários da algodoeira. Diante do exposto, além das fontes orais e bibliográficas que irão constituir a pesquisa, estas também serão agregadas a documentos sobre o quarteirão. Sobre essa indústria algodoeira não há nenhum trabalho relacionado especificamente para ela. O que deixa a pesquisa mais apta para se explorar e gerar inquisições. Diante disso, a história oral irá impulsionar uma averiguação consistente acerca do tema quando confrontada com pesquisas já fundamentadas e disponíveis para indagação. Este trabalho possui caráter exploratório, visto a importância da investigação para a memória local. Fundamentado em memórias coletivas. Segundo Jaques Le Goff (1990), a memória é um domínio que mantem os conhecimentos e se destina a um grupo de aplicações psíquicas que renova e incrementa informações passadas, considerando-as do passado. Para Candau (2012), "Cada memória é um museu de acontecimentos singulares aos quais está associado certo "nível de evocabilidade"8² ou de memoralidade. (...)". (Candau, 2012, p.98). Logo, segundo o ex-funcionário Francisco Carlos Saraiva de Brito, A fábrica conseguiu se sustentar até o início dos anos 2000, quando foi desativada totalmente e utilizada como ponto comercial.