O trabalho pretende analisar as ações do Governo Plácido Castelo e como as mesmas impactaram a cidade de Mombaça, propondo entender as desigualdades impostas pelo sonho moderno. Ao assumir o Governo do Estado, Plácido Castelo almejava continuar as perspectivas desenvolvimentistas de Virgílio Távora, concentrando suas forças e investimentos na expansão da eletricidade no interior e no rodoviarismo, tomado pelo vendaval de modernização (REIS, 2014, p.11) que era influenciado pela ditadura. Entretanto, o governo assumiria com diversos problemas econômicos causados pela fixação da alíquota em 12%, representando uma queda de 25% no orçamento para o ano. Com a elaboração do Plano de Ação Integrado do Governo (PLAIG), foram definidos os principais objetivos do Governo Placido Castelo: Educação, saúde, infraestrutura econômica, indústria e agricultura. O governador declarava que novos impostos seriam discutidos durante o ano de 1967, sem sobrecarregar o comércio, a indústria e o povo em geral, havendo ainda adoção de medidas que permitirão ultrapassar, sem crise mais aguda, essa fase do ano financeiro. Uma das obras que mais repercutiram durante seu mandato, foi a construção da CE-060 ou, como ficou conhecida, a Estrada do Algodão, seu projeto interliga as cidades de Chorozinho, Quixadá, Quixeramobim, Mineirolândia, Mombaça, Acopiara e Iguatu, mais de 300 km de integração e pavimentação. Seu plano projetava usa-la para conectar a região de maior produção de algodão, auxiliando o escoamento dos insumos até a capital Fortaleza, pretendendo concluir a construção até o final de 1970. Pedro Castelo, filho de Plácido, destaca o valor da obra da CE-060: "A Estrada do Algodão, né, naquela época, ela custou, salvo engano, em torno de 10 milhões de dólares, o Estado não tinha dinheiro, então ele conseguiu e fez a estrada [...] então é preciso do governo", fora necessário um empréstimo com um banco estrangeiro, prática que se tornara comum.