O trabalho se definirá como uma análise literária e historiográfica acerca do romance Riacho Doce (1939) do escritor brasileiro e regionalista José Lins do Rego, pondo em consonância a vida do autor e seu ciclo literário e histórico juntamente com a própria obra, abarcando desde os pensamentos os quais sua escrita se nutriu até a receptividade do público para com a mesma. O que objetiva-se com esse estudo do autor/obra é esmiuçar a que visão do Nordeste Riacho Doce está imbricado, quais as concepções sociais, antropológicas e históricas utilizadas pelo autor; e da narrativa, o que sugere a escrita, para qual literatura imaginativa ela reforça dado a extensão de outros escritos contemporâneos de José Lins do Rego; e, se há uma espécie de resgate da representação do Nordeste sugerindo uma tentativa de preservar uma concepção antes sólida, dos seus personagens regidos pela tradição oral, pelos ensinamentos dos anciãos, tudo isso afigurado na personagem dona Aninha, ou mesmo um rompimento dessa tradição , historicamente a passagem do século XIX para o XX, sobre qual assoma a intromissão de novos corpos e corporações (o casal sueco Edna e Carlos), sendo a galega a perdição de Nô (neto de dona Aninha), e o projeto de prospecção de petróleo, o progresso e a ruína de Riacho Doce. O método para a feitura deste trabalho consistirá na análise da vida do escritor José Lins do Rego e do livro Riacho Doce (1939), da crítica pertinente a sua pessoa, do contexto histórico e social a que se adequa as leituras sobre Regionalismo, seus principais nomes que serviram de norteadores para os romances do escritor, tais como as obras O Nordeste (1937) e o Manifesto Regionalista (1926) de Gilberto Freyre e A Invenção do Nordeste (1999) de Durval Muniz Albuquerque Jr.