A utilização de jogos voltados para o ensino de história nasce a partir da observação de problemas encontrados na sala de aula. A produção de jogos didáticos analógicos surge em um contexto de apatia, desmotivação e até mesmo insensibilidade com alguns temas históricos, em que muitos destes temas parecem ser distantes da realidade cotidiana dos discentes. Durante as aulas nos perguntamos o que devemos fazer, como propiciar uma aprendizagem histórica mais significativa e que fuja da forma expositiva, tão criticada pelos alunos. Uma tentativa de reverter tal situação foi encontrada no uso da gamificação, uma metodologia que transforma o usual em um jogo, em que a pesquisa, o raciocínio, a criatividade e a produção são pensadas a partir de elementos próprios dos jogos, como pontuação, classificação, ganhos, perdas e recompensas. Trazer o ensino de história para os jogos torna a disciplina quase que palpável, pois a interação com os temas, conceitos e sujeitos ocorrem no presente do aluno e o reaproxima de questões muitas vezes ignoradas. Com jogos produzidos pelo professor e jogos produzidos pelos próprios alunos, foi possível constatar um maior engajamento dos alunos, aumento na capacidade de leitura e pesquisa para a produção dos jogos e a reaproximação com a disciplina e o professor. O texto não se apresenta como uma solução definitiva para os problemas apresentados, mas consiste em experiências exitosas com os alunos do ensino fundamental 2, em que foram trabalhados e desenvolvidos alguns jogos a partir dos mais variados temas, desde a história ágrafa, passando pela revolução francesa e a segunda guerra mundial.