Este resumo tem como objetivo ressaltar os impactos da carta encíclica papal Rerum Novarum e início da chamada Modernidade na Igreja Católica, do Brasil no final do século XIX e início do século XX. Primeiramente, é preciso ressaltar que a encíclica, publicada em 1891, foi escrita pelo Papa Leão XIII sobre a condição dos operários na Europa, que neste período passava por diversas situações, que variam desde a opressão dos patrões e, principalmente, o avanço do socialismo nas fábricas. Além disto, a Rerum Novarum inaugura no mundo um novo modelo de igreja que passa a ser mais inserida e atuante no meio social e político do povo, e não mais reclusa as sacristias e as regalias da igreja. Após a publicação da encíclica, no Brasil começa a ser evidenciado algumas ações por parte do clero e episcopado a respeito desta nova modernidade, como as ações do Pe. Júlio Maria, que após a Proclamação da República em 1889, a separação entre a Igreja e o Estado e a situação do clero politizado de sua época, passa a tecer ações, principalmente em publicações nos jornais, que era preciso haver uma união entre o povo e o clero, além de proclamar que era preciso engajar nos movimentos sociais e debater as questões sociais em todos os recantos, substituindo questões políticas. Posteriormente, Dom Sebastião Leme, arcebispo de Olinda e Recife, publica uma carta pastoral em 1916, que se tornou fundamental para entender a igreja católica de sua época. Influenciado pela Sé Apostólica, Leme argumentava que era preciso a igreja estar mais presente no meio da sociedade e assim possibilitar importantes mudanças no catolicismo. As ações do Pe. Júlio e Dom Sebastião Leme nos mostra a chegada da Modernidade na igreja e seus impactos na sociedade, apesar de seu aparecimento tardio.