Este artigo tem por objetivo analisar às noções de História e Ficção na obra Meta-História: a imaginação histórica do século XIX de Hayden White, a partir de uma posição crítica à equalização entre essas noções. Trata-se de demonstrar as profundas consequências teóricas e políticas de uma posição relativista do discurso historiográfico, ressaltando, ao contrário, as diferenças fundacionais entre a História e a Ficção, como naturezas discursivas distintas. Para isso, também tentaremos explicitar as fragilidades e as contradições na argumentação de Hayden White, "relativizando", desta forma, o status e a notoriedade que essa obra assumiu na historiografia brasileira.