O presente trabalho tem por objetivo analisar como o movimento de derrubada dos monumentos estatuários e bustos erigidos nos espaços públicos da cidade durante o ano de 2020 despertou o interesse dos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio da EEEP Paulo VI nas aulas de História e inspiraram o projeto de pesquisa defendido no Mestrado Profissional em Ensino de História na Universidade Federal do Ceará - PROFHISTÓRIA - UFC. É importante analisar como as estátuas e bustos podem contribuir para a aprendizagem histórica dos alunos na Educação Básica ao serem utilizados como fontes para a problematização dos objetos de conhecimento nas aulas de História. Nesse sentido, o trabalho com as esculturas públicas no ensino de História surge da necessidade de refletir sobre o papel dos monumentos estatuários como documentos, vestígios, evidências do passado, que permitem aos estudantes compreenderem a construção das narrativas oficiais nos espaços públicos das cidades, além de propiciar reflexões sobre memória individual e coletiva, identidade, pertencimento e empatia histórica nesses espaços. Além disso, a análise dos atos de rasura, realizados nos monumentos ao longo do tempo, também se fazem necessários pois ajudam os alunos a entendê-los como formas de expressão da sociedade em relação à memória celebrada nos mesmos. Diante do exposto, o trabalho com os monumentos nas aulas de História permite ao estudante analisar esse patrimônio como fruto de seu tempo e perceber que estes podem ser apropriados ou não pelos sujeitos do tempo presente, gerando significados e promovendo a sua preservação, o seu abandono ou destruição.