DA FORMAÇÃO A AÇÃO: O PROTAGONISMO DOS AGENTES POPULARES DE SAÚDE DO CAMPO DO MST NA PANDEMIA DO COVID-19 NO CEARÁ

SABRINA SILVESTRE OLIVEIRA

Co-autores: FRANCISCA EUDESIA NOBRE BEZERRA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

O presente trabalho faz parte da pesquisa monográfica eque stá em seu início, e que tem por objetivo analisar a  importância da agência do Agente Popular de Saúde do Campo em territórios de assentamentos de reforma agrária no Ceará. Diferente do Agente de Saúde que é uma iniciativa do Governo Federal, os agentes tratados nessa pesquisa são resultados dos esforços de organizações e movimentos populares como o MST e Fiocruz para o enfrentamento da COVID-19, onde a participação popular e a formação de pessoas das comunidades, através de curso oferecido pelos organizadores, foram a base para o desenvolvimento de ações de cuidados pessoais e coletivos com a saúde. Como documentos serão utilizados os "cadernos pedagógicos", para verificar como se deu o processo de formação desses agentes,  as manchetes de jornais como "Brasil de Fato" para observar a veiculação na mídia das atividades desenvolvidas e também entrevistas com pessoas que participaram diretamente das ações, agentes populares e articuladores, que atuaram nas cidades que receberam os agentes, Canindé, Amontada, Pedra Branca, Santa Quitéria, Santana do Acaraú e Crateús, para assim perceber as semelhanças e particularidades dos territórios e como se deu a atuação dos Agentes Populares de Saúde do Campo. Para pensar as questões teóricas relativas ao objeto refletiremos com autores tais como, Thompson (1992) para trabalhar a história oral e memória, Rodrigues (2021) com a perspectiva da ciência e os desafios durante a pandemia, Souto (2021) que explica sobre como as populações de vulnerabilidade foi atingida pelo COVID-19, as intervenções propostas e a forma que esses grupos enfrentaram o vírus, dentre outros.