Este trabalho está inserido no contexto de implementação e adequação das diretrizes e orientações impostas pela Reforma do Ensino Médio, no ano de 2022. Tal Reforma, embebida de contradições e problemáticas, promoveu, dentre inúmeras transformações, uma profunda flexibilização no currículo do agora chamado Novo Ensino Médio, por meio de seus itinerários formativos e suas disciplinas ditas Eletivas. Com o intuito de disputar de forma propositiva as lacunas deixadas por essa flexibilização, propõe-se a disciplina Eletiva de Olimpíadas de Humanas, na qual estudantes da 1ª série do Ensino Médio teriam, inseridas em seu itinerário formativo, aulas voltadas para a preparação e participação na Olimpíadas Nacional em História do Brasil (ONHB) e na Olimpíada em Ciências Humanas do Estado do Ceará (OCHE). Neste trabalho, destacam-se as potencialidades didáticas que a incorporação à rotina escolar das práticas de aprendizagem induzidas pelas citadas olimpíadas escolares podem proporcionar, tais como a pesquisa como princípio pedagógico, o diálogo entre os saberes acadêmico e escolar e a aprendizagem cooperativa. Além disso, pondera-se que a apropriação, adaptação e uso didático das tarefas propostas por tais olimpíadas têm potencial de impulsionar metodologias ativas de aprendizagem histórica e de outras disciplinas. De forma objetiva, a implementação da disciplina Olimpíadas de Humanas em uma escola regular de tempo parcial de grande porte em Fortaleza-CE, no ano de 2022, bem como sua atividade pedagógica de culminância ao fim do referido ano letivo, são as experiências aqui apresentadas como exemplos de incorporação das práticas de aprendizagem e apropriação das tarefas propostas de tais olimpíadas escolares ao currículo escolar, o que caracterizaria uma disputa propositiva deste currículo em tempos de Novo Ensino Médio.