A preservação da memória dá-se de diversas formas, e dentre estas, está a conservação de objetos antigos que remontam a épocas e a espaços distintos. Sob esse viés, os museus atuam como receptáculos seculares, cuja materialidade é a responsável por capturar os reflexos de seu tempo. Com isso, conservar artefatos, é reforçar a identidade cultural intercambiando passado, presente e futuro. Dessa forma, como procedimento pedagógico, surge a necessidade de construir memórias tanto coletivas quanto individuais, reforçando a reflexão e o senso crítico dos alunos. Nesse sentido, para retratar a função dos objetos museais enquanto fontes de investigação do passado, fez-se o uso da análise qualitativa dos artefatos museológicos localizados no museu Padre Geraldinho na cidade de Crateús/CE como instrumento de exploração epistemológica, o que oportunizou explorar os documentos/fontes como potencialidades para o ensino de história. Pois a história, vista como algo remoto e descompromissado com a realidade, é por vezes, deixada à revelia pelos discentes. Sob a ótica pedagógica, o museu apresenta-se como fonte de ensino e aprendizagem, cuja compreensão está para além da sala de aula. Todavia, aliá-la aos objetos museais é trazer a interdisciplinaridade para o campo educacional, sobretudo, para a história, o que proporciona dinamicidade sintonizada com o conhecimento. É oportuno suscitar que a historicidade perpassa a história inserida em um campo de possibilidades, ou seja, o desenvolvimento do saber histórico por meio de objetos criam condições para se problematizar o cotidiano. Deste modo, trabalhar com tais procedimentos é comunicar e fornecer aprendizagem de múltiplas maneiras, seja pela visualidade, pelo som ou pelo toque, o que leva aos discentes a refletirem pela holística memorial daquilo que se defrontam.