Este trabalho surgiu a partir de uma inquietação encontrada na pesquisa de conclusão do curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú. A partir dessa análise das obras teatrais, As asas de um Anjo (1860) e A Expiação (1868), do escritor, teatrólogo e romancista brasileiro, José de Alencar, produções do século XIX que tiveram grande repercussão na sociedade, mostrou que havia um fato novo a ser discutido, sendo assim, a pesquisa parte da tentativa de responder a essa primeira pergunta: qual seria o amor de Luiz por Carolina? Levando em conta que a moça era uma prostituta, que teve sua redenção através do casamento com a personagem, Luiz. No entanto, a questão central é, por que Luiz precisou se casar com Carolina para tê-la? Ele poderia "usufruir" desse amor a qualquer momento, de outra maneira, só precisava pagá-la, considerando que ela era uma prostituta e que ele possuía recursos. No entanto, decidiu casar-se com a moça e mudar o destino de sua reputação perante a sociedade. Mais que isso, em todo o processo de iniciação da moça na prostituição, Luiz sempre esteve apto a ajudar e redimir a imagem de sua amada, é perceptível que o amor sempre estave ali, seja no cuidado, sejam nos gestos e até mesmo no desafeto. Sendo assim, torna-se pertinente entender como o Eros, amor romântico que se ligava a sexualidade e o Ágape, amor considerado divino, ou seja, o amor ligado ao desejo sexual e o amor ligado ao cuidado e afeto, permeavam a masculinidade da personagem.