As avaliações educacionais são uma parte importantíssima da educação - e uma das etapas do planejamento dos profissionais da educação -, pois é a partir destas que é possível identificar avanços e retrocessos na aprendizagem dos estudantes, possibilitando assim o aprimoramento dos processos de ensino-aprendizagem, melhorando a qualidade do ensino, já que são utilizadas como um dos métodos de análise das práticas pedagógicas. No entanto, podemos perceber com o passar dos anos que as avaliações de caráter externo, desencadearam uma cultura de performances, uma vez que, como no SPAECE, por exemplo, é utilizado o "ranqueamento" e premiações como um estímulo, para as escolas e/ou municípios que ao atingirem as melhores pontuações seriam contemplados com políticas públicas, colocando de lado o caráter diagnóstico e a aprendizagem real dos estudantes, transformando assim as aulas em um treinamento, cultuando o ato de "decorar" como uma estratégia de ensino para os professores e uma ferramenta de aquisição dos conhecimentos das crianças e adolescentes. Portanto, neste contexto, o intuito deste trabalho é conhecer como surgiram as avaliações externas e como elas foram introduzidas no contexto escolar e o efeito trago por essas avaliações, em especial nas escolas cearenses. Este estudo fundamentou-se numa abordagem qualitativa, por meio de estudos bibliográficos realizados a partir da participação no Projeto Formações continuadas sobre desenvolvimento e uso de resultados de avaliações externas na Educação Básica - FAEC/UECE. Buscando mostrar quais eram os objetivos anteriores, no início da implementação e os novos que foram adquiridos nos mais de 30 anos de adoção dessa ferramenta no estado cearense.