Inspiradas na leitura realizada no subprojeto do PIBID de Educação Física do CAMEAM/UERN da obra de Jiddu Krishnamurti (1976) A Educação e o Significado da vida, percebemos que ao mudarmos a forma de ver as coisas, as coisas mudam de forma. Partindo desta ideia começamos a pensar em um projeto intitulado A descoberta do eu através das aulas de Educação Física em que utilizamos a disciplina de Educação Física, para além da aprendizagem/aperfeiçoamento do movimento, e a utilizamos como um veículo para o autoconhecimento de alunos do Ensino Fundamental II os alunos da Escola Estadual 4 de Setembro localizada na cidade de Pau dos Ferros-RN. O projeto teve como objetivo promover ações pedagógicas que conduzisse o aluno a se perceber de maneira mais sensível por meio dos testes do PROESP em que se avalia a capacidades físicas dos alunos e sua história de vida, o projeto foi desenvolvido, em 08/aulas. Utilizamos como estratégia metodológica inicialmente a verificação por eles de suas capacidades físicas com o intuito dos mesmos se perceberem como um corpo que traz as marcas de sua história de vida. Em seguida solicitamos que os mesmos escrevessem suas próprias histórias de vida, com o intuito de desvelar em si mesmo a história inscrita no seu corpo e que a mesma traços singulares de existência. Acreditando aqui, que o princípio e fim da educação seja conduzir o aluno para uma compreensão da vida, para só então compreendera a si mesmo (KRISHNAMURTI, 1976). Fazer esse trabalho de olhar para fora para só então olhar para dentro de si, por meio de sua própria história de vida foi despertando neles seus sonhos, fatos que marcaram sua vida e foi ainda encontrado nessas histórias de vida as profissões as quais almejavam para o futuro. Esses relatos foi surpreendente uma vez que ao ler começamos a percebe-los a partir de uma dimensão humana, pois podíamos compreender as atitudes, as inquietudes, a falta de paciência e de respeito perante o outro, pois eles traziam em suas histórias de vida fatos que os faziam agir na forma como agiam. O que mais nos chamou atenção foram os sonhos mencionados por eles, pois trazia depoimentos de que eram esses sonhos que sustentavam sua vida, pois percebemos que os sonhos sustentavam sua vida, pois uns esperavam alguém voltar e a maioria mesmo com uma vida difícil acreditava que lá na frente iria melhorar. Em o Direito de Sonhar Gaston Bachelard (1991) diz que a imaginação é a fonte onde tudo inicia, pois sem ela não teria como o ser humano sonhar, criar e perceber suas asas como possibilidades de liberdade. Solicitar a escrita dessas histórias foi despertar neles uma imaginação poética a qual possibilita uma reflexão saudável e reveladora sobre a existência, e nos ínsita a pensar por meio de uma liberdade criadora sobre nós mesmo.