JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

FRANCISCA ALECIANE DO NASCIMENTO VIANA

Co-autores: ANDREZA OLIVEIRA DE QUEIROZ, JOSÉLIA MARIANA SILVA CARLOS e HELDER CAVALCANTE CÂMARA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

 

RESUMO

A brincadeira e o jogo fazem partem da vida do ser humano, principalmente na infância,  sendo uma forma das crianças interagir com o mundo em que vivem e o apreender. Apenas isso já justificaria sua presença nas aulas de Educação Física, firmando-se como um conteúdo que irá permitir vivenciar e apreender essas manifestações da cultura corporal. Nessa perspectiva, não pode ser pensado como uma prática pela prática, mas permitindo uma vivência ativa e reflexiva sobre esse saber. Nesse sentido, o PIBID de Educação Física do CAMEAM/UERN organizou e desenvolveu nas turmas do 6° e 7° anos do ensino fundamental II da Escola Estadual 04 de Setembro, o Projeto Jogos e brincadeira populares, o qual é apresentado nesse relato de experiência. O intuito foi permitir que os alunos compreendessem o jogo e a brincadeira como um patrimônio cultural da humanidade, estabelecendo um elo entre culturas diversas, vivenciando no corpo a memória de várias gerações. Visou-se também contribuir com o objetivo da escola em que fora desenvolvido, que é formar um aluno crítico, reflexivo, de maneira a permitir que os alunos vivenciem esse saber, conheçam sua história, sua importância e produzam brinquedos. Tratar pedagogicamente os temas da cultura corporal e reconhecer os sentidos e significados que carregam é da competência da Educação Física, conforme destaca Castellani Filho (1998). Durante a implementação do projeto, os alunos tiveram a oportunidade pesquisar e vivenciar brincadeira e jogos que eram praticados pelos pais e avós, ao mesmo tempo, que buscava-se possibilitar conhecer a origem dos jogos e brincadeiras populares típicos de cada região e de várias gerações, procurando identifica-los como patrimônio cultural. Para além dessa experiência ativa, oportunizou-se aos alunos a construção de seus próprios brinquedos, utilizando-se de matérias recicláveis. Essas estratégias permitem superar as práticas que se limitam a reprodução, dando a aluno uma autonomia, permitindo, como destaca Barbosa (1998), a autorizar-se perante as atividades e a vida. As produções dos alunos foram apresentadas em uma exposição realizada na própria escola, de modo que pais, professores e colegas pudesse apreciar o resultado do trabalho. Ao longo da exposição foram colhidos depoimentos dos alunos, revelando o que sentiram ao longo do projeto. Por fim, foi produzido um mini-documentário com os registros, as fotos, os vídeos e os depoimentos dos alunos. Como resultado, pudemos perceber no decorrer do desenvolvimento do projeto, o efetivo interesse e satisfação dos alunos em vivenciar e conhecer mais profundamente a cerca das brincadeiras e jogos, além de assumirem uma postura mais ativa frente as práticas da Educação Física. Conhecimento, ação, reflexão, interação, satisfação e empenho ganham espaço nas práticas da Educação Físicas, mostrando, efetivamente, que é possível uma prática pedagógica que não se limite a realização do esporte ou a reprodução mecânica dos gestos técnicos.

Palavras-chave: Jogo. Brincadeiras populares. Educação Física.