LUTAS NA ESCOLA: UM OLHAR SOBRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA

YOKKY YWKY DANTAS DE OLIVEIRA

Co-autores: YOKKY YWKY DANTAS DE OLIVEIRA e DIMAS ANAXIMANDRO DA ROCHA MORGAN
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A importância do conteúdo lutas nas aulas de Educação Física Escolar, torna-se imensurável para escolares, tanto por sua representatividade social como por seus fatores ligados ao desenvolvimento psicomotor, aprofundamentos teóricos, filosóficos, aspectos relacionados a saúde, entre outros. As lutas e as artes marciais quando trabalhadas na Educação Física Escolar, podem ser utilizadas como instrumentos pedagógicos, visando oportunizar situações para desenvolver aspectos diferentes do aluno como psicomotor ou afetivo segundo Lançanova (2008). Contudo, percebemos uma carência na utilização deste conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar, retratada por um olhar despretensioso dos acadêmicos e da Universidade que possui uma carga horária reduzida, limitando as diversas possibilidades que este conteúdo apresenta. Portanto, o objetivo do resumo foi de possibilitar discussões no âmbito do conteúdo lutas nas aulas de Educação Física Escolar. Foi feita uma análise documental no site da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como objetivo de análise a grade curricular do curso de Educação Física, o site da Confederação Brasileira de Jiu Jitsu (CBJJ). Diante da análise realizada dos documentos em questão, entendemos um pouco da "aflição" da não utilização do conteúdo lutas. Maia et.al (2011) constataram que mais de 60% da amostra da pesquisa feitas com Professores de Educação Física da rede pública e privada de ensino, não utilizam este conteúdo nas aulas. No entanto, nos perguntamos o por que? Pesquisamos a grade curricular em específico a disciplina Metodologia das Lutas na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Observou-se que, destina-se uma carga horária de 60 horas para aspectos teóricos e práticos, em caso do discente não ter vivenciado as lutas, artes marciais antes da graduação, é perceptível o surgimento de novas preocupações ou inseguranças referentes ao ministrar deste conteúdo, considerando sua especificidade e peculiaridade inerentes ao contexto social, principalmente no tocante reflexivo e discursivo sobre violência, briga, lutas e artes marciais. O sistema de graduação das lutas e artes marciais definem um período mínimo para evolução, o Jiu Jitsu 12 meses por exemplo (faixa branca para azul praticantes maiores de 16 anos). Todavia, temos ciência que o objetivo da Universidade não é formar lutadores, para tanto, utilizamos dos dados para dar uma noção geral de tempo para se conhecer minimamente a luta. Portanto, percebemos a necessidade de uma maior atenção da própria Universidade, assegurando ao discente um arcabouço teórico e prático como extensão universitária por exemplo para desenvolver as competências durante o período acadêmico, dando assim, uma maior segurança para o futuro docente repassa-lo e introduzi-lo na comunidade escolar como prática sistemática.