ESCOLA E SEXUALIDADE: UM OLHAR SOBRE AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS QUE OS ALUNOS HOMOAFETIVOS MANTÉM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ELIAQUIM DE SOUSA LIMA

Co-autores: ELIAQUIM DE SOUSA LIMA e KALINE LÍGIA ESTEVAN CARVALHO PESSOA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

Abordar sobre as manifestações da sexualidade na escola é bastante polêmico, porém, é necessário a discussão pelos professores para evitar a perpetuação de estereótipos enraizados na sociedade. Em alguns casos, o professor de Educação Física pode assumir o debate (mas não deve ser o único) pois esses atuam com corpo, e nessas aulas há maiores exposições dos alunos (MORAES; OLIVEIRA; FECHIO, 2011). O presente artigo objetivou-se: Analisar o tratamento de aceitação ou não que os alunos com sexualidade homoafetiva recebem nas aulas de Educação Física. Esta pesquisa caracteriza-se como uma revisão de literatura e de abordagem qualitativa, para a obtenção dos estudos utilizou-se os descritores "Homossexualidade e Educação Física" e "Homofobia e Educação Física" "Escola e sexualidade" na ferramenta do Google acadêmico, trabalhos que tivessem sido produzidos da década de 90 até o presente momento, e que fossem publicados em revistas, sendo úteis para a presente discussão, foram selecionados. Alcançando como resultados, a partir dos estudos realizados por Junior e Melo (1996), que o profissional da Educação Física é um dos grandes responsáveis pela discriminação do homossexual na escola, afetando os alunos no desempenho em sala de aula com as outras disciplinas. Além disso, nas aulas de Educação Física, Prado e Ribeiro (2016) apontam que os alunos homossexuais sofrem discriminações também por parte dos colegas heterossexuais, sendo apontado principalmente a postura não masculina desses nos jogos, em especial nos esportes masculinizados da sociedade, como o futsal. Os achados de Silva, Freitas e Fonseca (2009) sobre o bullyng que os alunos homossexuais sofrem nas aulas de Educação Física, 56% afirmaram casos de homofobia dos colegas heteroafetivos, geralmente agressões verbais como comentários machistas, racistas. Conclui-se que os homossexuais nas aulas de Educação Física recebem muitas vezes tratamentos discriminatórios, seja pelos alunos e em alguns momentos pelo próprio docente. Compreende-se que é necessário a continuidade de pesquisas nesse caminho, para que assim, o tema ganhe mais visibilidade no meio acadêmico, entusiasmando outros estudantes a investigarem na presente linha de pesquisa. Pode-se verificar por meio da pesquisa de campo se as escolas hodiernamente aceitam ou não as múltiplas sexualidades.

Palavras-chave: Sexualidade; Homossexuais; Educação Física.