RELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE ATIVIDADE FÍSICA E A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE ESCOLARES

AILSON DE ARAÚJO CORREIA

Co-autores: ADRIANO BARROS CARNEIRO, RAÍSSA DE LIMA ANDRADE, KARINE LIMA SAMPAIO, ANA LUISA BASTOS SANTOS e ANTÔNIO RICARDO CATUNDA DE OLIVEIRA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

A aptidão cardiorrespiratória (ApC) pode ser definida como sendo a capacidade que o organismo possui de captar, transportar e utilizar oxigênio para os músculos com a finalidade de produzir energia durante a realização de exercícios físicos. Essa capacidade física é utilizada para se determinar o estado de saúde de um indivíduo e elaborar programas de prescrição de exercícios físicos, indo além da sua utilização no âmbito desportivo. Pesquisas mostraram que os níveis de ApC na população jovem estão diminuindo e que os níveis inadequados de aptidão aeróbia podem acarretar prejuízo à saúde como a hipertensão arterial e o excesso de peso (GOLÇALVES; SILVA, 2016). Partindo desse contexto, objetivou-se verificar a relação entre o tempo de atividade física e a ApC em escolares do ensino médio profissionalizante. Trata-se de um estudo quantitativo, com delineamento quase experimental, realizado entre março e maio de 2015 numa escola estadual de educação profissional do município de Fortaleza-CE. Participaram da pesquisa 60 escolares, de ambos os sexos, com idades entre 15 e 17 anos, que foram distribuídos, aleatoriamente, em dois grupos: 30 no grupo intervenção (GI) e 30 no grupo controle (GC). O GI participou das aulas de educação física (1 vez por semana, 50 minutos) e do programa de intervenção (2 vezes por semana, 40 minutos). O GC participou apenas das aulas de educação física (1 vez por semana, 50 minutos). Para avaliar a ApC, foi utilizado o teste de corrida/caminhada de 6 minutos proposto pelo PROESP-BR (2009) (GAYA et al., 2009). A análise estatística foi realizada pelo Predictive Analytics SoftWare através dos testes: Shapiro-Wilk e Teste t pareado com intervalos de confiança 95%. Houve diferença significativa quando comparados os valores médios antes (776,67m ± 91,44) e depois (1155,27m ± 61,76) do programa no GI, com melhora da ApC. No entanto, houve um declínio da ApC quando comparados os valores antes (747,07m ± 111,61) e depois (730,1m ±110,75) do programa no GC. Conclui-se que o GI apresentou melhora da ApC e atingiu os parâmetros de saúde após o programa. Enquanto que o GC sequer manteve os valores obtidos antes do programa, implicando que a carga horária de aulas de educação física deve ser aumentada, seja no horário curricular ou extracurricular.