RELAÇÃO ENTRE ATITUDES ALIMENTARES E IMAGEM CORPORAL EM ESCOLARES DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DO IFCE, CAMPUS LIMOEIRO DO NORTE-CE

MARCOS VENÍCIO CAVALCANTE

Co-autores: , LUIS FELIPE CARVALHO GOMES, MATEUS LUCAS DA SILVA, RÔMMULO CELLY LIMA SIQUEIRA e CÍCERO LUCIANO ALVES COSTA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A assimilação da imagem corporal pode ser indicada como uma ilustração na mente que se tem sobre o tamanho do corpo e também sobre os sentimentos associados aos traços afetivos, cognitivos, perceptivos e comportamentais. Deste modo, percebe-se que é importante manter bons hábitos alimentares para além de uma boa aparência estética, visando também melhores condições ao desenvolvimento saudável do indivíduo. O presente estudo tem como objetivo relacionar os hábitos alimentares com a imagem corporal de escolares do ensino médio integrado do IFCE, Campus Limoeiro do Norte-CE. Utilizou-se o questionário de autorrelato de atitudes alimentares (Eating Attitudes Test - EAT-26) desenvolvido por Garner et al (1982) para investigação da prevalência de transtornos alimentares. Para avaliação da imagem corporal utilizou-se o Teste de Escala de Silhuetas - CDS que permite avaliar o componente perceptivo. Após a análise dos dados notou-se que houve maior insatisfação com a imagem corporal nos escolares masculinos com 62,5%, enquanto que grupo feminino 47,8% delas se mostraram insatisfeitas. Pode-se perceber que 47 (85,45%) dos 55 escolares envolvidos na pesquisa não tinham risco de ter transtornos alimentares (TA), enquanto que 8 (14,55%) corriam risco de ter transtornos alimentares. O teste de correlação de Spearman apontou uma correlação positiva e fraca (ró = 0,279; p = 0,039), mas significativa entre a satisfação com a autoimagem e as atitudes alimentares. Segundo este resultado é possível inferir que quanto maior a insatisfação com a imagem corporal maior o risco de desenvolver transtornos alimentares. Recomenda-se que as relações entre os hábitos alimentares e a satisfação com a imagem corporal sejam abordadas no currículo da Educação Física na escola, principalmente no ensino médio, uma vez que esta população está mais propensa a influência da mídia e de modismos relacionados a determinados padrões de beleza.