Introdução: Apesar de incluídas em documentos que embasam a prática do docente de Educação Física, o conteúdo de Lutas ainda se vê esquecido pois muitos ou não percebem o seu potencial ou o julgam como de difícil aplicação. Objetivo: Relatar as possíveis contribuições da prática de lutas na escola para as aulas de Educação Física. Metodologia: Trata-se de um relato de experiências vivenciadas na disciplina de Educação Física, em turmas de 6° a 8° ano, durante o estágio supervisionado na Escola Municipal Governador Faustino de Albuquerque em Fortaleza-CE. Para tanto, utilizou-se a análise das atividades realizadas durante as 9 aulas em que foi abordado o conteúdo de lutas. Cada encontro durava em média 1 hora e 40 minutos, divididas em momentos contextualização e experimentações práticas. Durante as aulas foram abordadas a diferença entre luta e briga, os conceitos de luta, arte marcial e esporte de combate, e, por fim, os tipos de combate. Resultados: Para alguns alunos esse foi um conteúdo novo nas aulas, mais atrativo, que foge ao "padrão" o qual usualmente caracteriza as aulas de Educação Física escolar. O conteúdo que possibilitou trabalhar significativamente todas as dimensões de conhecimento e o desenvolvimento dos alunos em aspectos motores e afetivos (NASCIMENTO; SILVA, 2017). Os alunos se mostraram bastante interessados e participativos em todas as atividades sejam em sala ou na quadra. Na dimensão conceitual verificou-se a surpresa dos alunos com a variedade de tipos de combate existentes e suas diferenças que vão de aspectos simples como a vestimenta até a representação cultural que eles têm. Em uma das atividades propostas, solicitou-se a elaboração de um texto a respeito das experiências que tiveram com as lutas, onde foi possível identificar experiências positivas com essa prática, e outros fazendo a distinção entre as experiências de luta e briga, mostrando assim a aprendizagem do conceito visto em sala. No que tange às dimensões procedimental e atitudinal, foi perceptível, através de alguns jogos de oposição, independente do nível de desempenho motor dos alunos, era possível estar incluído nas atividades e como o respeito e a segurança do colega foi valorizada. O material pedagógico não foi problema em nenhuma atividade, pois dependiam muito mais da criatividade do professor. Considerações finais: Conclui-se que o conteúdo lutas possibilita a vivência de situações que fomentam o desenvolvimento de capacidades físicas, emocionais e intelectuais dos estudantes, possuindo elementos que elevam a motivação e inclusão nas aulas.