PAINTBALL COMO PROPOSTA CONTEXTUALIZADA DE VIVÊNCIA NA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

YASMIN GONCALVES

Co-autores: , CYNTIA EMANUELLE SOUZA LIMA, LAYLA MACIEL DOS SANTOS, ALESSANDRA RIBEIRO DA COSTA e LUIZ SANCHES NETO
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

As práticas corporais de aventura representam uma unidade temática da Educação Física na BNCC, pautada na exploração das percepções do corpo e potencialidades expressivas de movimentos nos diferentes espaços sociais. Imersa na diversidade cultural e social, essa temática aborda saberes simbólicos, que ressignificam os processos de ensino e aprendizagem, promovendo a sensibilidade nas vivências. Na releitura das práticas corporais de aventura, durante a formação inicial, foi elaborada uma vivência sobre o Paintball, como temática a ser trabalhada na aula de Educação Física.  A proposta foi construída por quatro professoras/residentes no Programa de Residência Pedagógica (RP), com duas turmas do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio da Polícia Militar do Ceará General Edgard Facó, em Fortaleza. Nessa escola, as aulas de Educação Física do Ensino Médio acontecem no contraturno; sendo que a vivência ocorreu no período da tarde. As residentes, juntamente com os(as) alunos(as) (agrupados em duas equipes), organizaram as munições do Paintball por três cores distintas: uma cor para cada equipe e uma cor alternativa, que poderia ser usada por ambas. Os(as) alunos(as) confeccionaram o brasão da equipe, bolsas, escudos e adereços com TNT azul e rosa para facilitar a identificação dos(as) integrantes. O espaço de combate foi no campo de futebol, onde foram dispostas mesas de plástico e cones como obstáculos e guarita. Após a explicação das regras, pontuação e objetivo do jogo, as equipes recolheram suas munições e o restante da munição foi levado ao campo, onde poderiam recarregar. O(a) líder de cada equipe foi chamado(a) para revisar as regras e o combate se estendeu por três rodadas. Para a realização dessa vivência, as regras e o objetivo foram redimensionados a partir do que foi aprendido durante a formação. Além disso, como a confecção das munições requer tempo e esforço coletivo, a participação dos(as) estudantes nessa etapa foi essencial. Entretanto, essa vivência demanda que certas temáticas sejam trabalhadas de modo convergente nas aulas de Educação Física, sobre ética e respeito aos(às) colegas da sua equipe ou adversária, bem como o conhecimento efetivo acerca das práticas corporais de aventura. Consideramos que, para ampliar a contextualização, essa temática poderia ser abordada de forma progressiva, para que os(as) estudantes se sintam inseridos(as) no processo, tanto na execução da atividade quanto na definição das regras, desenho do mapa do combate, criação das equipes etc. Analisando de um ponto de vista mais amplo, a aula pareceu mais uma atividade extracurricular do que uma vivência elaborada junto e para os(as) alunos(as). Essa aparente limitação representa um desafio à organização e à viabilização da aula.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Proposta preliminar - 2a. versão), 2016.