INTRODUÇÃO: O futsal feminino é uma conquista recente, possivelmente por tratar-se da introdução da mulher em um ambiente culturalmente ligado ao homem. Existem registros que mostram a entrada da mulher mundialmente nesse contexto a partir da década de 1980. Usa-se o futsal como uma ferramenta de inclusão, desde a iniciação até o alto rendimento, superando preconceitos ligados ao machismo. OBJETIVO: Relatar os aspectos socioculturais do futsal para escolares do sexo feminino do ensino médio em uma escola pública. METODOLOGIA: O seguinte trabalho é um relato de experiência sobre a vivência da prática de futsal feminino com escolares do ensino médio em uma escola pública na cidade de Fortaleza/Ceará. Onde houve a iniciação do futsal feminino para alunas que tivessem interesse no esporte e que obtivessem bom rendimento escolar. As atividades foram iniciadas em Fevereiro de 2019 e tem duração total de 8 meses de atividade. A coleta de dados foi feita através de checklist e fotos capturadas durante as atividades, que posteriormente foram comparados e analisados. RESULTADOS: Notou-se diferença em relação à interação social dentro e fora da quadra. Em um período de 10 meses, percebeu-se pelo checklist, fotos e participação um aumento no empoderamento por parte de algumas alunas que eram retraídas, passando a se impor mais, levantando questionamentos e sugestões, refletindo no desempenho escolar, já que este é um dos critérios para se manterem participando desse projeto, e ainda, enxergando suas relevâncias como autoras de suas histórias. Mesmo o trabalho sendo ligado ao público feminino, relacionando o preconceito com o esporte especificamente no futsal, o ambiente demonstrou compreensão e o respeito entre as jogadoras na escola durante o período dos treinos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da mulher ser a principal agente da sua história ligada ao âmbito esportivo, ainda é necessário superar muitas dificuldades e explorar ainda mais essa temática. No Brasil, denominado o país do futebol, as mulheres ainda não tem visibilidade equivalente a dos homens no esporte, isso é atribuído a diversos fatores, dentre eles, os culturais. Nesse sentido o profissional de Educação Física que atua na escola, tem como um de seus papéis, quebrar estereótipos e a cultura do machismo, dando voz e incluindo essas em todos os espaços.