OBESIDADE INFANTIL E ESTILO DE VIDA FISICAMENTE ATIVO EM CRIANÇAS ENTRE 9 E 10 ANOS DO 4º. E 5º. ANOS, DE ESCOLAS MUNICIPAIS NA CIDADE DE FORTALEZA CEARÁ, E SUA RELAÇÃO COM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.
João Valter Gomes Neto¹, Jessica Silva de Oliveira ², Maria Aldeisa Gadelha³
¹ Graduado em Educação Física Licenciatura pelo Centro Universitário Estácio do Ceará - FIC, Fortaleza, Ceará. Especializando em Treinamento e Biodinâmica Aplicada na Saúde e Atividade Física Centro Universitário Estácio do Ceará - FIC.
² Graduada em Educação Física Licenciatura pelo Centro Universitário Estácio do Ceará - FIC, Fortaleza, Ceará. Especializando em Educação Física Escolar Universidade Estadual do Ceará - UECE, Fortaleza, Ceará.
³ Mestre e docente no Centro Universitário Estácio do Ceará - FIC, Fortaleza, Ceará.
RESUMO
Este estudo teve como objetivo verificar o nível de obesidade infantil e estilo de vida fisicamente ativo em crianças entre 9 e 10 anos, do 4º e 5º ano do ensino fundamental, de escolas públicas municipais na cidade de Fortaleza Ceará, e sua relação com Educação Física Escolar, bem como, identificar o IMC e descrevendo sobre o estilo de vida fisicamente ativo dos participantes. A população composta por escolares do 4º. e 5º. anos, tendo como amostra 300 alunos entre 09 e 10 anos de classes econômicas A e B e as classes C D e E, distribuídos entre 18 escolas, pelas 6 regionais. Foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e feita a classificação em baixo peso, normal e obeso e as possíveis correlações entre as variáveis atividade física, histórico familiar e as classes socioeconômica dos entrevistados. Das escolas pesquisadas, os estudantes obtiveram valores elevados de obesidade, mas também é entre elas que se encontra o maior percentual de alunos com baixo peso. Os resultados apontam também para o efeito da genética na obesidade, onde foi significativa a existência de familiares obesos, das crianças pesquisadas, das classes C, D e E, que também apresentaram índice de obesidade. O volume semanal de aulas de Educação Física Escolar mostrou uma prevalência de 0% de obesos em crianças que praticam pelo menos 3 aulas semanais. Concluindo que de forma geral, todos os fatores contribuem para uma relação direta com a obesidade infantil, e que dentre os estudados, a prática de atividade física pode melhorar a qualidade de vida dos escolares, interferindo no controle da obesidade infantil e também na sua saúde. Diante disso, pode-se sugerir que a Educação Física Escolar representa uma ferramenta importante, isolada ou associada, na prevenção e controle da obesidade infantil, principalmente de crianças de classes socioeconômicas mais baixas. Isso deveria ser incluído nas discussões das políticas públicas de promoção de saúde, nos âmbitos do poder público federal, estadual e municipal, principalmente, se levados em conta o seu baixo custo e a sua elevada eficiência.
Palavras-chave: Educação Física Escolar; Saúde; Estilo de Vida Ativo; Obesidade Infantil;
REFERÊNCIAS
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